Asuka Saito THE First

Quarta 6/5


A luz do sol já brilhava em sua plenitude e mais um dia de negócios e estudos continuava na pacífica cidade de Yokohama, mas Asuka só conseguia ter uma ideia um pouco vaga sobre isso olhando os números no relógio digital no canto inferior direito do display de seu neurolinker.Até mesmo a luz natural era impossível de passar pelo bloqueio perfeito de sua janela que mergulhava o quarto em um escuro atemporal.Mais um de seus memes de Fisher X Fisher tinham ficados incrivelmente populares no seu principal imageboard, o z24chan.A garota continuava a navegar despretensiosamente por paginas e paginas de tópicos do /o/ até achar algo interessante.

Postado por Anonimo, as 1:32 em 5/6/234
"E aí pessoal do /o/, eu resolvi parar com minhas atividades por aqui.Eu não sei bem explicar oq aconteceu, mas talvez isso seja o que a gente procura no ocultismo, hehe.Eu estou rindo mas na vdd estou muito nervoso.Eu estava fazendo um teste de coragem com alguns amigos em um velho armazém abandonado no Píer de Yokohama e nós fomos atacados por alguma coisa, eu achei primeiro que era um cachorro, mas era alguma coisa com olhos vermelhos e muito maior.Nós conseguimos fugir, mas aquela coisa era forte o bastante pra entortar metal como se não fosse nada."

   Uma foto estava anexada mostrando a porta do armazém amassada, era possível ver o número 13 em cima dela, indicando o código do lugar.A maioria dos comentários parecia acusar o post de ser uma mentira mal feita.

Usava as mesmas roupas, um velho pijama talvez pequeno para seu corpo, talvez há dois, três dias. Não tinha certeza, se lembrava de haver saído há menos de uma semana, e também de ter trocado de roupas, mas quando foi? Isso já não podia dizer. O clima não era quente e tinha uma resistência grande ao abafamento provocado pelas janelas fechadas, logo estava em seu mais puro habitat. Havia comida despejada por alguns cantos, sacos de salgadinhos, copos descartáveis e latas, mas nada preocupante. O que poderia acontecer, além de seus pais novamente pagarem alguém para limpar o quarto? Era uma bruxa, e bruxos não precisam perder seu tempo limpando o próprio quarto. Nunca perder tempo,
esse era seu foco enquanto olhava para a tela brilhando em seu rosto. Ora estava acompanhando alguma thread no z24chan, ora estava lendo algum livro ou assistindo algum anime genérico da temporada. Assim é a vida de uma bruxa interdimensional presa em um corpo humano.

"Não é necessário entender, apenas adorar." - - Prepara a primeira parte de sua reply. Seguia o vernáculo, sem gírias ou coloquialismo. - "Criaremos sem medo, pois criamos nada além de DEUS. Diga-me, ó mortal, ó temente, como invocastes tal criatura? Foi tua mente tão fraca quanto seu corpo e fugiu-lhe da memória o artifício usado? Se tal criatura pode ser chamada para tal plano pelos feitos de tão fracos e amedrontados recipientes, um ser-além seria capaz de proezas sem igual." - Clicou no botão de responder e estava feito. Sua mensagem foi enviada, apenas aguardava o quote. Sabia que logo seria reconhecida, mesmo em ambientes anônimos é fácil reconhecer alguém, especialmente quando se destaca por sua forma de escrever. Estava animada, o que era raro, teve vontade de finalmente fazer um ritual.

- Recostava-se na cadeira, movia o pescoço para os lados, com a intenção de o estralar, mas acabava por apenas provocar uma pequena e levemente incomoda dor em si mesma. Não satisfeita, esticou os braços, juntou as mãos e estralou todos os seus dedos. Uma sensação levemente prazerosa, mas que provocava certa dor em um corpo mal acostumado, porém necessária para uma bruxa interdimensional preparada para responder mais uma pergunta sobre o cosmo.

- "Abandonai toda esperança aquele que aqui entrar!" - Um sorriso brotava em seu rosto enquanto começava a digitar. Seus dedos eram rápidos, qualquer olho destreinado diria que eram tão rápidos quanto o tiro de alguma arma de fogo. Oras, uma bruxa se mover á velocidade da luz não é nada incomum, atravessar galáxias e dimensões é apenas uma rotina. - "Ó mortal, se vossa ignorância fosse para se materializar diante de seus olhos, resplandeceria como Vênus e seria imensa tal qual Júpiter! Vejais, vejais com os olhos que vejo o mundo e a ignorância dissipar-se-á diante de ti. Havia alguma inscrição em tal fita, ó temerosos? Apontai-me o qual em específico foi tal armázem, se vossa mente ainda se recorda." - Novamente, estava feito. A bruxa interdimensional havia respondido, conseguia apenas imaginar o espanto de quem quer que lesse ao se deparar com tamanho conhecimento, com tais palavras de sabedoria e que exalavam mágica. Falando em exalar, sentiu a necessidade de um banho, afinal provavelmente teria que sair para resolver tal mistério. Decidiu banhar-se enquanto aguardava a resposta de seu mais novo aprendiz.

-- Tomava seu banho enquanto esperava.Acabava levando mais tempo do que esperava para tirar o cheiro pútrido de suor que habitava seu corpo e com a mudança em seus sentidos pela primeira vez em muito tempo se sentia incomodada com o cheiro do próprio quarto que não tinha tido ventilação a dias. --Não tinha nada assim, era só uma fita de seda normal, como as que vendem para embrulhar presentes.O armazém foi o de número 13, ele tem um amasso grande na porta de quando o animal tentou nos perseguir, então deve ser fácil de achar. -- Ironicamente, nem uma unica palavra de aviso foi dada.Talvez todas as pessoas que favorecem o ocultismo tem algum senso distorcido da realidade.

-Não havia se vestido antes de checar o computador. Seu corpo brilhava entre todo o entulho, destacando-se como a neve entrelada no asfalto. Seus seios e suas partes mais íntimas estavam a mostra, mas isso em nada parecia incomodar a garota. Ora, roupas muitas vezes servem apenas para atrapalhar no fluxo com a magia. Antigos celtas e eslavos, povos diretamente ligados com a magia, costumavam práticar rituais nus, e nus iam para a guerra. Não se sentia envergonhada por estar nua, mas sentia-se estranha por o estar fazendo enquanto se comunicava com pessoas aleatórias, em sua maioria homens. Decidiu, por fim, se vestir.

- "Apenas quem é igual a besta pode desafia-lá. Tema nada, e de nada duvide. Caminharei entre as trevas, erguerei-me para a luz do sol e desafiarei quem quer que se coloque em minha frente. Investigarei o local, aguardai minhas instruções, mortal, pois se uma maldição lhe foi lançada, apenas sangue e fogo salvará tua alma!" - Tinha algum dinheiro guardado que seus pais deixaram, não havia usado pois sequer tinha ido à escola nos últimos tempos, mas aproveitaria a saída de casa para comprar alguns lanches. O pier não era muito longe, apenas umas 4 ou 5 quadras de distâncias, então na volta poderia passar em algum mercadinho. Poderia até mesmo parar em uma loja de jogos e ver se o novo Last Fable MXIV já havia sido lançado.

Seu corpo estava cansado, parecia mais pesado. Estranho, era, afinal, bem magra para sua idade, o que fazia tal sentimento ficar extremamente alheio. Apoiava o braço em uma parede e respirava pesadamente. Uma bruxa interdimensional costuma ser fraca no plano físico, é bem verdade, mas talvez tivesse passado do ponto. Ou talvez isso fosse apenas um pensamento temporário e tudo estava bem. Só precisava se acostumar a andar muito novamente, disso estava certa. Seu corpo estava perfeito, era atraente, estava certa, o bastante para qualquer um com bom gosto e atlético o bastante para fugir de uma inquisição, embora nunca se saiba quando uma nova surgirá.

- Sapere aude! Sapere aude! - Asuka gritava ao perceber as portas fechadas e o amasso. Lembrava-se, no entanto, que os tolos haviam entrado pelos fundos. - Invadir como os troianos parece-me impossível, vamos à maneira dos americanos então! - Gesticulava enquanto falava, terminando por apontar seu punho fechado para o céu, apenas seu dedo apontador livre, erguendo-se como um sinal. Andou novamente.

A escuridão tampava seus olhos, escurecia sua mente e fazia tremer seu corpo. Não imaginou que o universo faria de suas palavras verdade e a faria lutar contra as trevas. Havia seu poder finalmente despertado na presente dimensão? Caso sim, superar esta empreitada era seu primeiro desafio. Depois disso, o mundo seria seu. Sem mais escolas ou jogos caros, apenas liberdade e diversão.

- Oh fortuna, deveria ter trazido minha varinha... ou um isqueiro. Lumus maxima! - Uma magia não funcionaria apenas por pronuncia seu nome, mas queria testar seus poderes. Não havia alcançado tais níveis, infelizmente. Talvez governasse, por ora, apenas a escuridão. Era, no entanto, a BRUXA DAS ORIGENS portanto deveria ser antes capaz de criar luz, para então fazer nascer a escuridão. Mas não estava em um momento de julgar, um poder é melhor que nenhum. Resolveu contornar, quanto mais pudesse ver, melhor. - Que venham à mim os animais com amor, pois tal é a natureza. - Bradava, tinha, afinal, medo de ser atacada pelo cachorro interdimensional.

- Um espanto tomava conta de seu corpo. Uma coisa era falar de espíritos e seres cósmicos e anticósmicos, outra era presencia dois deles diretamente em sua frente. A bruxa tremeu. Sem poderes, sem ajuda, estava a mercê de ambos.

- Por São Miguel Arcanjo, pelos poderes à mim conferidos, ordeno que parem esta contenda! - Formava um "X" com os braços enquanto gritava. Seu corpo estava ereto, mas suas pernas tremiam. Sentiu crescer dentro de si uma vontade de urinar, mas sabia que era apenas consequência do nervosismo, não uma vontade real. - Eu, Saito Asuka, WITCH OF THE ORIGINS , Detentora do Grimório de São Cipriano e membro honorária da Comunidade de Estudos Ocultos de Norwich ordeno que me digam quem são e o que querem nesta dimensão!

--Ahn?Quem está fa-- Uma voz podia ser ouvida no meio da escuridão, era certamente de um homem e mostrava grande surpresa.Um momento de hesitação, era tudo o que era necessário.O som de metal batendo em metal podia ser ouvido, mas dessa vez não tinha trajetória dourada, só o som de alguém caindo no chão e o de um cachorro rosnando fortemente. -- Parece que ficou sem sorte, humano! -- Uma segunda voz, com um tom incrivelmente bestial gritava.Ela tinha vindo do...cachorro?!Era difícil saber o que estava acontecendo já que não conseguia fazer mais do que distinguir algumas silhuetas vagas no escuro.

O cachorro ter falado exatamente como um humano faria apenas confirmou sua teoria. Esses seres vieram da mesma dimensão que ela, provavelmente um deles a servia enquanto o outro queria se aproveitar de um momento de fraqueza para a matar. Mas quem era quem? Isso ainda não podia dizer. Era necessário um pequeno estudo, conseguir tempo o bastante para distinguir amigo de inimigo.

- Ó tu, cria de Cérbero, cão do Hades e besta do mais quente fogo, tu que velejas pelo Styx tal qual canoa em um lago, amante da destruição e casado com a morte, fonte de pragas e desolação! Que quem deseja boa fortuna não cruze teu caminho, cria das trevas, e que longa e calorosa seja tua estádia neste mundo! - Erguia os braços a cada título, chegando ao ponto de dar pequenos saltos. Após uma longa introdução e alguns segundos usados para recuperar o fôlego, voltou a falar. - Que fazes aqui, ó fera? Teu mestre lhe mandou ou viestes à busca dele?

-- Uma gargalhada escandalosa se espalhava pelo local e vinha da suposta besta negra. -- Os humanos do seu lado são todos assim?Parece que vou me entreter muito assim que sair daqui. -- Dizia de maneira sarcástica e confiante. -- Nem me fale, eu estou quase envergonhado ao ponto de pedir pra você devorar ela e fingir que nada disso aconteceu...mas infelizmente, o dever me cha---MA! -- Dava uma pausa e então um barulho pode ser ouvido, era o barulho da carne batendo na carne, e em seguida do metal sendo apoiado no chão, provavelmente o humano tinha conseguido acertar um golpe no animal e se livrar da besta. -- Deve ser difícil ter autismo, mas você tem que vir comigo agora! -- O rapaz dizia, enquanto saía correndo em direção a Asuka, agarrando sua mão enquanto começava a fugir até a entrada do local.

- Seu frágil corpo era facilmente carregado. Não esboçava resistência, o que tornava o fato de a puxar ainda mais fácil. Seus olhos encaravam o cachorro, mas logo se voltaram para o homem que a puxava. Era isso. Este cavaleiro era seu servo, agora tinha certeza. Ele iria esclarecer tudo e estava trazendo de volta seus poderes.

- E-eu não tenho autismo! Sou uma bela moça normal e saudável, exceto pelo fato de na verdade ser uma bruxa interdimensional. - Olhava diretamente para o cavaleiro. - Mas tu, ó nobre cavaleiro, trazes de volta meus poderes, presumo? É louvável vossa atitude, ajudar tua senhora é teu dever, mas poucos tem tamanha determinação! Recompensar-lhe-ei, meu cavaleiro! 15 toneladas de ouro será tua recompensa por ajudar tua senhora!

- Era um rapaz atraente quem a salvava. Ora, uma bruxa bonita só poderia ter seguidores bonitos, certo? A beleza do garoto fazia com que se lembrasse de um personagem do remake de um certo anime, um garoto ruivo que morria por seu Imperador. Seria este também o destino de seu servo? Esperava que não, tal beleza não deve ser desperdiçada no mundo real.

- Ó vil e tenebrosa criatura! Ordeno para que aquite-se e deixe-nos sozinhos... - Um rubor podia ser sentido em seu rosto enquanto dizia tais palavras. Não saíram como deveriam. Seu cavaleiro não deveria ser cortejado, pelo contrário, ele é quem deveria a cortejar. Era seu dever, ganhar o favor de sua senhora é a máxima honra para um servo. - ... e fuja! Sei que temes meu poder, mas prometo-lhe adiar o dia de tua morte e a fazer indolor. Dou-lhe 10 segundos para fugir, caso contrário, ó cavaleiro, ataque sem piedade e traga-me o coração da fera!

--Cavaleiro?Bahahahaha!O bravo mago dourado é o servo da donzela, então?O quão baixo você vai afundar em tão poucos minutos? -- Debochava o demônio alado negro. -- Calado!Eu é que estou me perguntando isso!Então não diga nada, apenas seja um bom esportista e finja que nada disso está sendo falado! -- O cavaleiro gritava envergonhado, estava de costas para Asuka então ela não podia ver a face vermelha dele naquele momento. -- Não se preocupe, você vai ter todo o tempo do mundo pra lamentar o quão vergonhoso foram seus últimos momentos em Sevek! -- A criatura pulava para cima do cavaleiro com suas garras a postos, mas elas eram prontamente bloqueadas pelo cabo da lança que era estendido horizontalmente o empurrando para trás. -- Sinto muito, DigiMon demônio...eu tinha dito que tudo ficaria bem se você se retirasse, mas eu não posso deixar alguém que me viu pagar esse mico sair vivo. -- No momento que dizia isso o rapaz começava a girar a lança em sua mão direita, era uma rotação surrealmente rápida que certamente demonstrava habilidade descomunal.A trajetória da lâmina formava um círculo de luz dourada. -- Dyson Canopy! -- O homem estendia sua mão e literalmente pegava o círculo, e o segurava a alguma distância de seu corpo como se fosse um bambolê para em seguida o jogar contra o monstro.E então algo que Asuka certamente nunca tinha visto acontecia, vindo por cima, o círculo caía com o digimon no centro dele e se apertava como um laço, o imobilizando completamente, isso não era uma figura de linguagem, o digimon parecia sequer conseguir respirar naquela prisão.O homem posicionava a lâmina como se para fazer uma estocada. -- Golden Check Mate!! -- Anunciava, no que fazia isso, o seu corpo parecia se tornar dourado e desaparecia, reaparecendo atrás do oponente, ainda de costas para Asuka e para o demonio negro.Quando o fazia, a besta se desfazia em poeira dourada, sumindo sem deixar rastro.

- Ficava impressionada. Seus olhos cresciam e seu corpo tremia ainda mais, sentia um calor dentro de si e um sorriso crescia rapidamente em seu rosto. Quanta felicidade! Um servo tão competente, salvando sua senhora de forma tão magestral. Realmente digno de nota! Talvez fosse seu dever o agradecer com um beijo na bochecha. Não por sua aparência, vale salientar, mas por seus feitos.

- Bravo, bravo! - Batia palmas e se aproximava de seu cavaleiro. - Fantástico, ó poderoso! Aproxime-me, leal subordinado, e agradecer-lhe-ei por me proteger. Mas antes, meu cavaleiro dourado, devo lhe perguntar: que teve a meus poderes? Quando os retornarei e poderei livrar-me de tal forma mundana?

-- O rapaz suspirava em frustração. -- Escute aqui, princesinha.Eu não sou seu servo nem nada do tipo e pra ser sincero, eu duvido muito que você sequer seja uma maga.Se você não tem poderes você não tem poderes, é assim que magia funciona. -- Dizia, como se falasse com uma prima criança irritante de 10 anos em uma festa infantil. -- Agora você devia ir pra casa e fingir que isso nunca aconteceu.Não que seja um problema você falar sobre isso, mas ninguém vai acreditar.Você só vai sofrer bullying, apesar de que isso provavelmente já acontece, é, se eu estudasse com você isso aconteceria. --Concordava consigo mesmo, acenando a cabeça em um movimento vertical mantendo os braços cruzados.

- Ó, do que falas, nobre cavaleiro? Por acaso caístes de teu cavalo branco hoje? - Ficava confusa, mas não se abalava com nada dito. Boa parte do que o cavaleiro havia dito entrava por uma orelha e saia por outra. Asuka não tinha nenhum bom senso ou vergonha e encarava seu jeito como algo completamente normal. Ficava alheia a críticas, elas passavam diretamente pela garota, como se fossem bloqueadas por seu subconsciente para se proteger. Em nenhuma parte consciente de si se via como estranha ou encarava qualquer parte de seu comportamento como anormal, uma parte de si acreditava realmente ser uma bruxa interdimensional, embora de tempos em tempos a ideia lhe parecesse apenas um desvaneio, mas cedo ou tarde o pensamento voltava. - Você não está um pouco velho demais para estudar, homem? Deveria pensar logo em arranjar uma noiva... - Tossia levemente para mudar de assunto. - Mas agora preciso que refresque minha memória! Quem exatamente é você, ó brilhante servo? E quem foi a criatura que tentava porventura ver-me morta? Mais virão?

- Vim investigar! Imaginei que isso pudesse, de alguma forma, trazer de volta meus poderes interdimensionais. - Parecia frustrada. Uma pista falsa, afinal. Mas, pelo menos, no fim das contas pode presenciar pela primeira vez magia de verdade. Estava certa esse tempo todo, então. Era a WITCH OF THE ORIGINS. - Mas caval- nobre mago, se não és meu servo, quem o comanda? Desejo uma audiência com o referido! Ele, por ser mais experiente, com certeza sanará minhas dúvidas e mostrarar-me o caminho para minha dimensão verdadeira.

-- Meu deus do céu. -- Rohan parecia incrédulo com a insistência ou com a burrice da garota. -- Escute, você não...não, você com certeza acha isso...Escuta.Você ta pensando que a gente é algum tipo de seita secreta ou círculo de amigos, mas é algo em uma escala muito maior que isso.Você poderia tentar o quanto quisesse, mas não deve conseguir se encontrar o com o Comandante nem em 100 anos de ligações para a secretária.