Asuka Saito THE First

- Asuka ria das palavras de Rohan, um riso estridente e forte. Tentou se recuperar uma, duas, três vezes mas não conseguiu. Por fim voltou ao seu eu normal, mas ainda com resquícios da risada. - Ó meu tolo mago, tua inocência é tal qual tua beleza! Eu, a WITCH OF THE ORIGINS, não preciso marcar hora. Teu mestre, ao saber quem sou, ao contrário do que pensas, é quem implorária por 3 minutos de meu precioso tempo. Vamos então facilitar todo este processo, apenas leve-me até teu mestre, tal ato pode até lhe render uma promoção.

- Que audacia! - Praguejou Asuka. - Ei, mago, volte aqui! Eu lhe ordeno a voltar agora ou sofrerás as consequências de meus poderes... quando eu os recuperar! - Percebendo que era inútil, resolveu então o seguir, sem se importar com a forma como o caminho fora aberto. - Irei te seguir então, mal criado! Sabia que sou, no mínimo, 5 milhões de aeons mais velha que você, ó saltimbanco? E mesmo assim percebo o calor e o desejo em seus olhos quando me encaras... seis que me desejas, incubus! E sei de seu nome e aparência, então leve-me até seu líder ou direi para a polícia e para toda a mídia que me trouxestes até aqui e violentou-me, o que sei que desejas!

-- É mesmo?Boa sorte com isso, eu duvido que você sequer tenha a habilidade social pra conversar com um policial de qualquer forma. -- Dizia, mostrando um desinteresse que chegava a ser forçado, como se debochasse da garota. -- Mas sabe, eles dizem que Inccubus são bem bonitos e sedutores.Então eu vou levar essa parte como um elogio.Queria que o Kenji estivesse aqui pra ouvir isso, haha. -- Kusakabe continuava seu caminho como se nada tivesse acontecido, mas não parecia se preocupar em despistar Asuka, como se ela não fosse válida do trabalho.

- Do que estás falando, ó mago do apocalipse, portador da Peste Negra? Eu facilmente subverteria o oficial à minha vontade, assim como toda a mídia japonesa. - Continuava seguindo o homem, seus passos eram agora mais rápidos do que quando havia vindo para o pier, estava novamente acostumada com o chão sob seus pés. Após alguns momentos, bochejou. - Vai demorar muito para chegarmos? Eu não gosto muito de andar, se quiser, dou-lhe a honra de carregar-me.

-- Você ainda ta me seguindo?Está perdendo seu tempo. -- Dizia, continuando seu caminho.Já tinham saído do píer a algum tempo e estavam entrando por ruas que Asuka não conhecia(nada muito especial, considerando sua natureza). -- Se está tão cansada você pode ficar a vontade pra ir embora, se você desmaiar eu vou deixar você dormindo no chão e vou pra casa.Na verdade, faça isso por favor.

- Ó Mago Dourado, quieto no cair da noite e ereto no levantar do jovial sol dormente, não conheces os limites de uma Bruxa? Pois digo-lhe: eles não existem. Mais fácil é um camelo passar por uma agulha do que eu, a WITCH OF THE ORIGINS, cair de cansada. - Enquanto dizia balançava sua cabeça positivamente, como se concordasse consigo mesma. - Mas, se eu cair, por favor, carregue-me em seus braços. Mas não aproveite-se de minha beleza adormecida, pois ela é tentadora, mas ao mesmo tempo mortal. - Fazia silêncio novamente por alguns momentos. - Demoraremos a chegar?

- Ó, mago dourado! Por que usas honoríficos japoneses comigo? Que te fiz, amor, para tratar-me tão desrespeitosamente? - Balançava negativamente a cabeça. - Deixe que resplandeça dentro de ti o imortal sangue de César! Existe o momento para ser japonês, Mago das Palavras, mas ele não é agora! - Cruzava os braços, inflava as bochechas e concordava consigo mesma silenciosamente, acenando a cabeça como sinal para mostrar isto ao mundo. Durante suas interações normais Asuka usava-se dos honoríficos japoneses, mas agora, enquanto agia como uma bruxa, preferia ser o mais ocidental possível. - Que passa com tua velocidade, Imperador Negro? Cansou-lhe o espírito ou fraquejou-lhe o coração?

-- Eu não entendo nada do que você está falando, do início ao fim, bruxa-chan. -- Dizia com seu tom sarcástico, mantendo seu ritmo constante que vinha levando até agora.Ele parecia mais do que bem com isso, mas estava se tornando difícil para Asuka acompanhá-lo.Não tinham se passado sequer 15 minutos, aguentaria a auto-intitulada bruxa das origens mais 2 horas só de chão?A pergunta começaria a consumir sua mente.

- Ó algoz! Carniceiro das mentalidades! - Limpava o súor em seu rosto enquanto falava. - Carregue tua amada, pois estou prestes a desmaiar. Oh! Oh! - Seu cansaço já se fazia aparente, mas não era tão grande. Bem verdade, queria apenas não ter que andar. - Te traz prazer ver o sofrimento de belas donzelas, fera?

-- Sim, pra falar a verdade, eu puxo um pouco pra esse lado, mas você ainda não faz meu tipo, relaxa. -- Dizia mais uma vez com um tom de deboche.Continuavam andando por mais pelo menos uns 15 minutos até que finalmente chegavam a algum tipo de beco entre dois prédios grandes e Kusakabe se sentava em uma caixa vazia ali por perto.

- "Ainda"? - Deixava no ar o comentário. Após chegarem no beco e ver que Kusakabe se sentou, fez o mesmo, porém no chão. - É dever de um cavalheiro oferecer conforto à dama, vil predador. Não lhe deram seus pais educação e boas maneiras? Que leve Nyarlathotep tua alma, monstro sem coração! - Após alguns momentos de discurso parou de falar para descansar. Sua respiração pesada inflava e desinflava seu busto, se soubesse que teria que andar tanto teria usado roupas mais leves. Ou roupa nenhuma. - Já chegamos? E agora, o que acontece? Teu chefe me aguarda junto a meus poderes, cavaleiro do caos?

-- Até parece que nossa organização ia ter uma entrada no beco de algum prédio, eu só estou esperando meu parceiro. -- Dizia, parecia relaxado em sua posição na caixa. -- Já ta na hora da menininha ir pra casa, não tá?Sua mãe vai ficar preocupada se sumir por muito tempo.

- Balançou a cabeça negativamente e fez barulhos de "trec" com a língua. - Ó tolo, minha mãe é o conhecimento! Por que haveria ela de se preocupar enquanto a procuro? O incensante desejo de saber me criou, tal é minha natureza. Enquanto for justo meu caminho e acumular sabedoria, nada temerei, pois altivamente sei que apenas sigo meu destino! O destino de uma bruxa! - Antes de dizer a última frase se levantou com um pulo e esticou os braços enquanto olhava para o céu. - Mas enquanto esperamos e sigo meu destino, diga-me, escarlate morte, o que era o ser que atentou contra minha vida?

-- Ah, aquilo?Foi mal, é normal querer saber o que é que tava tentando te matar, mas aquilo é segredo. -- Dizia, colocando as mãos no bolso e se levantando da caixa onde esperava. -- Se eu te contasse sim você teria que se preocupar com gente tentando te matar.Bem, você não precisa particularmente manter segredo também, ninguém vai acreditar de qualquer forma. -- Quando dizia isso, o barulho de uma porta no beco se abrindo podia ser ouvido.O que passava por lá tinha que se abaixar pra não bater no batente da saída.Era um ser dourado de mais de dois metros de altura.Sua cabeça lembrava algum tipo de dragão, mas seu corpo era humanoide e com cauda.Essa e seus braços sendo substituídos por grandes espadas, as três garras em seus pés podiam ser consideradas lâminas também.

Variable Notable INDIVIDUALS:

- Enquanto Rohan falava sobre humanos as bochechas de Asuka ficavam cheias de ar e suas sombrancelhas arqueavam-se, demonstrando a mais clara irritação. - Me igualar a tua espécie não lhe é beneficial, bruto tolo. Não sou uma humana, sou uma bruxa interdimensional, sou a WITCH OF THE ORIGINS! Sou o começo e o fim, a juíza e o carrasco, a canção e o silêncio! - Caminhava em direção a Rohan, parando bem à sua frente e o olhando por baixo, estavam apenas a poucos centimetros de distância. - Sou a escuridão no fim de tudo. O fim de universos, deuses, mundo... de tudo! E o que é você, senhor da magia?

-- Alguém que realmente consegue usar magia, obrigado. -- Dizia, não vendo toda a cena que a garota fazia como algo um pouco mais do que motivo de riso. -- Hmm, Edgeworth.Não acha que poderia explicar alguma coisa pra ela?Eu acho que se você deixar ela assim ela vai continuar com alguns mal entendidos fundamentais sobre magia. -- Rohan dava de ombros. -- Não é melhor assim?Eu não quero a Associação na minha cola também. -- Kenji não parecia totalmente convencido. -- De qualquer forma, você não tem um dever com a organização de apresentar qualquer civil envolvido direto com os incidentes? -- A face do Kusakabe se contorcia, como se tivesse acabado de  perceber que perdera uma chance de ouro por esquecer de alguma coisa importante. -- Eu sabia que eu estava com um mal pressentimento sobre esperar você antes de despistar ela...

- Fufufufu! - Deixava escapar um maligno sorriso. Deu três passos para trás, enquanto ainda ria, por perceber que estava proxima demais a Rohan. - Não se pode lutar contra o destino, algoz da bondade. Ó gigante d'ouro, alma benevolente, agradeço-lhe por colocar razão na cabeça deste tolo, este homem com cérebro de maria mole e tripas de esgoto! A negação de Deus, a criatura das trevas, o tolo acima da montanha... Rohan! Tua beleza reflete tua tolice, mortal. - Abria levemente as pernas e as curvava por alguns poucos graus, posicionava sua mão direita em frente ao rosto e deixava a esquerda "cair", assumindo uma incrível pose. - Qual dos dois terá a honra de me carregar?

-- Sinto muito, Edgeworth.Mas isso é impossível pra mim. -- Bastava um olhar de relance na fisionomia do "monstro" pra entender o que ele queria dizer com isso.Rohan suspirava e ia até a garota, a levantando facilmente com uma mão e a colocando sobre o ombro como se fosse um saco. -- Certo, certo, eu entendi.Tem problemas irmos com toda a nossa velocidade? -- Perguntava despreocupado. -- Obviamente.Se segure, se chegarmos em 5 minutos deve ser o bastante.

- Ei, ei! - Asuka protestava enquanto balançava os braços e pernas, já sendo segurada por Rohan. - Isso não é jeito de carregar uma dama, monstro de Albion! Carregue-me confortavelmente ou direi ao seu chefe que me violentou!

- Enfim! Tivesse eu ainda meus poderes, poderiamos ter chegado instantaneamente graças a minha manipulação do espaço-tempo. Mas vocês fizeram um bom trabalho, justamente o que espero de meus subordinados. - Dava pequenos tapas em sua roupa, como se estivesse limpando alguma poeira. - E agora, onde está O Chefe? Diga a ele que tenho pressa, uma bruxa interdimensional não pode perder muito tempo com mortais.

-- Pare de sonhar, você não vai se encontrar com o chefe! -- Exclamava, irritado em ter que dizer a mesma coisa tantas vezes. -- De qualquer forma, eu já preenchi um relatório enquanto nos movíamos.As preparações pra receber a garota já devem estar prontas. -- Quem falava dessa vez era Kenji, que andava até a enorme porta da mansão e abria, colocando as laminas na abertura da porta com cuidado para não a cortar ou quebrar e as empurrando.O interior do salão era magnificamente ocidental.Todo o chão era coberto por um felpudo carpete vermelho.Sofás e mesas podiam ser vistos dos dois lados do saguão da entrada, criando pequenas salas de estar.O meio do lugar era completamente esvaziado para criar um corredor sem paredes até a escada que se dividia no meio em duas asas levando à parte esquerda e direita da mansão.

- Essa mansão parece o lugar perfeito para uma história sobre ouro, magia, mistério e assassinatos. É por isso que a escolheram como sede, certo? - Dizia com um olhar aprovador enquanto acompanhava Rohan e Kenji. - Apesar de eu não ter minhas memórias completas no momento, saibam que aprecio o bom gosto. Irei recompensar quem a escolheu. Mas, então, o que faremos agora? Eu, uma bruxa interdimensional, já disse que não quero ficar esperando.