Gao Tomokazu 05 - O Desafio do Príncipe

-- Hmm...nesse caso quem for o menos importante fica pra trás, enquanto o outro usa esse tempo pra fugir.É o que parece mais correto, militarmente falando. -- Respondia a pergunta, em seguida mordendo mais uma vez seu pão e mastigando-o tranquilamente.Aquela pausa tinha feito maravilhas para seu humor e já não estava nem perto da tensão de alguns minutos atrás. -- É tipo como o soldado de patente mais baixa tem que se sacrificar quando uma bomba é jogada.

- E como dizer objetivamente quem é melhor ou mais importante? Não é como se uma guerra fosse constante e baseada apenas em uma fase. O menos útil hoje poderia ser o essencial de amanhã. - Hiroto olhou para baixo depois de falar, encarando seus próprios pés. - No fim a vida de um ninja nunca pertence a ele mesmo.

-- Pois é. -- Comentava.Talvez ninguém no mundo entendesse o peso daquelas palavras mais do que Gao.Sua vida toda foi pressionada com o intuito de restaurar a glória de seu clã, mesmo que ele não tivesse confiança alguma de que poderia fazer algo assim.Mas apesar disso, já tinha aceitado seu destino a muito tempo e simplesmente continuava a fazer o que podia, sem nenhum objetivo em especial a frente. -- "Antes que eu pudesse perceber, eu acabei virando uma ferramenta calada, huh." -- Comia silenciosamente outro pedaço de pão e tomava um gole de água.

- Hiroto continuava comendo, mas agora fazia silencio. Após terminar, passou a mão sobre os lábios, respirou fundo e finalmente voltou a falar. - Certo, acho que é bom descansarmos e começar a nos preparar. Já treinamos o corpo e a mente, só consigo me perguntar o que vem a seguir.

- A Ayaka é realmente um ponto fora da curva, hein? Ela não tem ainda um sharingan e nem passa aquela aura esnobe e poderosa da maioria dos Uchiha. Ouvi falar que o pai dela é ANBU e a mãe tem um cargo alto entre os jounins, algo como um jounin-diplomata. Mas ela... parece tão frágil. Mesmo soltando uma bola de fogo gigante pela boca. - O garoto olhava para cima, parecia considerar o que havia dito. - Mas é uma ótima pessoa para se trabalhar junto.

- Não acho que ela tenha medo ou remorso de machucar ou matar alguém. Naquele treino ela não pareceu se segurar. Acho que o problema dela é só de confiança, talvez por não ter ainda um sharingan. - Afirmava como se fosse um ninja médico especialista no assunto.

- Hiroto também se levantava e fazia um breve aquecimento. - Agora estou. Vamos lá. - Caminharam lentamente até a porta, abrindo-a com cuidado, atravessando a passos curtos. Rapidamente uma luz tomou conta de tudo, cegando os garotos por um tempo.

Quando suas visões foram retornando, conseguiram ver o que parecia ser alguns espelhos. Aparentemente esta parte da caverna era redonda. Havia um caminho, uma estrada reta. Não, eram duas, quatro, oito, dezesseis... Já não era possível contar. A porta atrás se fechava. Incontáveis caminhos se abriam em sua frente. Estavam grande de uma gigante bola feita por espelhos levemente azulados, o formato sendo perceptível apenas graças aos cantos. Olharam para cima e viram os mesmos infinitos caminhos sendo replicados. Não dava para saber onde os caminhos dava, muito menos quantos ou quais eram reais. - Mas... que tipo de teste é esse agora?

- Faz sentido. Vamos lá. - Andaram a passos cauciosos. Foram por um caminho, perceberam ser o errado; outro, a mesma coisa. Mais um, outro erro. Após muitas tentativas, finalmente conseguiram chegar ao caminho correto. Seguiram por ele por alguns segundos, era curto. O caminho agora mudava. O que estava em suas frentes era um grande corredor feito de espelhos. Deveria ter uma largura de 3 ou 4 metros, era o bastante para ambos atravessarem lado a lado com muita folga. Viam à frente, no entanto, que o caminho se dividia em três: um para a esquerda, outro para a direita e um que seguia reto. - Lá vamos nós outra vez...

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'D6' : 6, 2

- Assim que pisou no corredor, Gao sentiu algo se aproximando e institivamente pulou para trás. Era uma agulha, uma longa agulha, obviamente do tipo usada por ninjas. Uma voz foi ouvida logo em seguia, parecia vir de todos os cantos com espelhos. - O jogo ainda não começou, garoto. Tenha calma, deixe-me te explicar as regras. - A voz soava extremamente calma, porém também abafada, como se algo a estivesse tampando. Era impossível saber quem e de onde estava falando. - -Vocês estão no meu tabuleiro agora. Só podem se movimentar pelas casas que irão aparecer em suas frentes. Algumas possuem algumas surpresas, vocês irão ver. O que define a quantidade de casas que podem se mover é o dado que rolarão, cada um terá um. O objetivo de vocês é chegar até a última casa em no máximo quinze turnos. Conseguiram entender? - Assim que a voz terminava de falar, dois dados pequenos apareceram na frente dos garotos. Dentro do corredor, o caminho se tornou quadrados de 1m de comprimento, todos com uma gigante interrogação no meio.

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'D6' : 2

- Sorte é apenas um fator. - A voz dizia antes de Gao tomar a dianteira e jogar o dado. Assim que o resultado foi obtido, um gigantesco 2 apareceu sobre o dado, que misteriosamente retornou para Gao. O garoto moveu-se como indicado. A interrogação sobre o segundo quadrado desapareceu, dando lugar a um livro. - Hmm, esta é interessante. Escolha uma opção apenas. Você consegue mais facilmente o que quer roubando de: a - ricos, b - estudantes, c - autoridades ou d - mercadores?

- Mercadores, huh? Boa escolha. - Rapidamente 2000 ryos apareciam na frente na Gao. O garoto primeiro desconfiou, mas a voz indicou para que pegasse o dinheiro.
- Wow! Esse jogo parece muito bom agora. Minha vez! - Hiroto rapidamente arremessou seu dado.

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'D6' : 6

- 6? Ótimo resultado. - A voz disse. O mesmo que aconteceu com o dado de Gao aconteceu com o de Hiroto. O garoto logo se moveu 6 casas, cumprimentando Gao quando passou pela segunda. - Parabéns! Você ganhou uma vida extra. Note que isso vale apenas para o jogo. - Uma mistura de cores cercou Hiroto como se fosse uma armadura. - Vida? Então esse jogo deve ter combate ou armadilhas. Isso explica muita coisa. - Vamos para a segunda rodada! Podem agir. - A voz misteriosamente parecia ficar mais animada, como se esperasse algo interessante.

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'D6' : 5

- A mesma coisa aconteceu com os dados novamente. Gao se moveu, foi para a casa 7, e lá a interrogação foi novamente substituida. - "Ataque", gritam as vozes. Você vê seus companheiros avançando, mas fica para trás junto com o homem que deve proteger com a própria vida. Minutos se passam, então horas. Assistir a batalha fica cada vez mais entediante. Assim que você olha para o lado, percebe seus companheiros guardas caídos. Uma fumaça se forma em sua volta e uma voz sussura "volte duas casas ou terá o mesmo fim que seus companheiros". O que você faz?