Ryuuseigai Hunt Arc - 04

»Sexta-feira(29/02/20XX), aproximadamente 11:22 da manhã.

- O interior da oficina possuía uma coloração avermelhada característica daquele tipo de local, o que dificultava um pouco a visão do rapaz. Mesmo assim, era relativamente agradável, provocando uma sensação de nostalgia que o lembrava de Ryuuseigai. - Então, Sr. Kuroo, já decidiu um nome para a espada? A tradição da minha família diz isso é importante, sabe! - A garota em sua frente perguntava com uma expressão curiosa, claramente já acostumada com a presença relativamente desconfortante do homem de cabelos brancos e solitária mecha negra. Seu celular agora permanecia em silêncio, logo depois da mensagem vinda pelo mais próximo que possuía de um instrutor.

NPC's/Players presentes:

Mantinha a respiração constante. Se encontrava de joelhos, com a lâmina em suas mãos abertas, espaçadas na altura de seus ombros. Seu olhar era calmo, assim como sua respiração. Ser caçado lhe lembrava que deveria ser extremamente cuidadoso com tudo o que fizesse. Levantou levemente seus olhos na direção da garota. Seus olhos não carregavam nenhum brilho realmente chamativo naquele momento, ou qualquer coisa do tipo. Engoliu seco e então disse, com uma expressão neutra - Ekirei. - Esse seria o nome da lâmina. "Praga", como a praga que recai sobre o pescoço daqueles que resolveram cruzar seu caminho. 

No momento em que citou o nome da lâmina, pareceu absorto em seus pensamentos. Aquela sensação de saber que tudo lhe foi tirado era incrivelmente presente, e talvez fosse o que mais fizesse com que o mesmo gostasse de estar sozinho : Não precisar confiar. Aquele amargo de terem lhe tirado tudo, mas ao mesmo tempo a conformidade de saber que é o fim destinado aos Assassinos era o que lhe fazia manter a calma. Segurou a katana com a mão esquerda, enquanto passou seu dedo indicador direito levemente sobre a lâmina, de forma com que seu sangue começasse a gotejar.

Seu olhar se mantinha baixo, quase como se um ritual estivesse sendo feito. Uma a uma as gotas começaram a tocar a lâmina. Logo que o sangue começou a pingar, o rapaz fechou os olhos, concentrando seu nen (Gyo) na ponta de seu dedo, exatamente onde estava sangrando, e correu-o pela lâmina, como se espalhasse sua vitae pela mesma, sua vontade de se vingar, os sentimentos que carregava.

- Ekirei? Isso é de algum idioma oriental, não é? -A garota perguntava, ignorante quanto ao significado do nome atribuído a lâmina. Em suas mãos, a lâmina agora perfeitamente afiada permanecia, espelhando a forma do rapaz de cabelos brancos com grande majestosidade. - De qualquer maneira, eu espero que tenha sucesso com o que quer que esteja procurando. Não relute em aparecer por aqui se tiver algum outro problema com Nen ou qualquer arma.

Fechou os olhos por um momento e então disse -- Sim, é um idioma oriental. Eu tive de aprender quando estava numa vida diferente de agora. Eu já fui um homem respeitado, sabe, Shizuku? -- Ele então respirou fundo. Entre os criminosos ainda podia ser reconhecido pela sua antiga vida. Olhou para suas mãos por um momento. Engoliu a seco o amargo e então disse -- Significa  "Peste". -- O nome por sí já diz muito sobre o seu usuário. O mesmo colocou então na bainha, e logo em seguida na cintura. Respirou fundo e deu um curto aceno com a cabeça para Shizuku. Estava sendo seguido, e aquilo lhe deixava mais tenso do que nunca. O que fazer!? talvez devesse buscar aprender mais sobre nen o mais rápido que podia. Ou...voltar para a Torre dos Duelos.

Se eles viriam, tinha de se preparar de alguma forma. Decidiu ficar em seu quarto praticando seu uso de katana com gyo, para melhorar sua proficiência com ambos juntos

O membro 'Guerreiro Spiral' realizou a seguinte ação: Lançar dados

---

'D100' : 7, 87, 49, 17, 75, 11

Levantou-se da cama, com o peito desnudo, pegando a katana com a mão esquerda, numa expressão firme e determinada. Olhou pelo olho-magico para ver quem era, antes de ver

- Do outro lado da porta... não conseguia ver nada. Apenas a parede do corredor imediatamente a frente em seu quarto. Mesmo assim, as batidas continuavam, cada vez mais fortes. Podia sentir a Aura, podia ouvir as batidas, mas seus olhos não enxergavam ninguém na frente da porta. Uma voz fina ecoava para dentro do quarto. - Kuuuuuuuroo-saaaaaaaan! - Uma voz infantil chamava por seu nome, vinda do mesmo local de onde as batidas se originavam.

Abriu a porta, ainda com a katana preparada para matar quem é que fosse. Abriu com a mão direita, deixando a esquerda com a katana completamente escondida e preparada. Sentia que era Allain -- Uhum.

- Do outro lado da porta... o que se mostrava não era a forma esperada pelo rapaz. Em vez da face de Allan, se deparava com uma forma infinitamente menor, com um tamanho que mais parecia uma piada em forma de pessoa. Era uma criança. - Poxa, finalmente! - O pequeno garoto falava com uma expressão irritada que logo cedia, dando lugar a um sorriso direcionado ao rapaz de cabelos brancos. Estendia sua mão em um gesto gentil e inocente. - Você é bem mais assustador pessoalmente! Meu nome é Caim! Prazer em conhecê-lo! - Tudo prosseguia bem rápido, o suficiente para que Kuroo não acompanhasse direito.

NPC's/Players presentes:

Abriu a porta e ficou com seu olhar pausado sobre o pequeno ser. Sua expressão era de seriedade e tédio ainda. -- Uhum. Quem é você, Caim? Prazer. -- suspirou, ainda com sono. Seu peito estava desnudo, e dava para ver claramente a tatuagem em seu peito, assim como as marcas de ferimento. A katana permanecia em sua mão.

- O que você está esperando? O Albel quer ver você! Tem algo a conversar sobre o trabalho que vocês discutiram ou algo do tipo... - O garoto consultava a memória com a mão no queixo, curioso. - Coloque uma camisa e vamos logo! Tá quase na hora de Daibouken começar! - O garoto ordenava de maneira autoritária, pressionando Kuroo.

Vocês tem noção que de alguma forma sabem que vocês estao querendo roubar, não é mesmo? Consegui escapar dos 14 homens de uma mafia. -- Olhou nos olhos da criança e colocou a mão em seu ombro, dizendo de forma firme -- há algo que eu precise saber? -- se preparava para segui-lo

- Pergunte pro Albel, eu não me envolvo com essas coisas complicadas. - Respondia, dando de ombros. - Ele está no dojo da torre, no andar 40. Vamos, vamos! - Dizia, indo em direção ao local combinado. O caminho era relativamente longo, os dois precisando percorrer alguns corredores para finalmente alcançar o elevador que levava até o andar. O caminho prosseguia em silêncio até mais ou menos a metade, quando o garoto falava com o Zoldyck em uma voz curiosa. - Você é mesmo um Hunter? O Albel tentou o exame uma vez, mas ele acabou matando um dos examinadores e foi desclassificado. Como você conseguiu passar?

Não foi difícil, criança. -- Ele fechou os olhos, de forma tranquila continuava a seguir -- Eu precisava de informações que apenas o exame me forneceria. -- arrumou a gola de sua camisa enquanto andava, e logo então disse -- Mas não foi difícil. Creio que alguns dos meus competidores devem estar na torre. Por isso preciso manter a guarda alta. -- tossiu de leve, agora arrumando a manga enquanto andava com a criança. -- me diga, o que Allain falou sobre mim?

- Allan? O cara dos bolinhos? - Falava algumas palavras que Kuroo não podia compreender muito bem. Allan e bolinhos...? - Ele conversou com o Albel, na verdade. Mas pelo que eu pude ouvir, ele disse que nós não "encontraríamos ninguém melhor para o trabalho". Por isso o Albel procurou por você. Pelo menos eu acho, né. - Continuava a andar, finalmente alcançando o elevador. Apertava o botão "40" no painel próximo a porta. - Eu vou fazer o exame quando fizer 12 anos também. Então se prepare para ter concorrência na carreira como Hunter! - Afirmava, convencido.

Sua expressão era de puro tedio. -- Sem ofensas, criança, mas eu não vou viver até lá. Vê? Eu sou um fantasma entre homens. -- dizia em tom inexpressivo, querendo finalizar o assunto de uma vez enquanto seguiam

- O caminho prosseguia então em silêncio, sem qualquer som além da música que tocava no elevador: um hit recente que estava em todos os rankings do momento: "Eu vou sumir, vou me mandar...". Após alguns minutos, finalmente alcançavam o dojo referido pelo garoto, estando, bastante fora de lugar, no meio do quadragésimo andar do grande complexo de batalhas.




- O dojo era desprovido de muitas pessoas, apenas três formas podendo ser vistas além da própria de Kuroo. No meio do mesmo, duas formas seguravam espadas de bambu, pacientemente em uma posição de combate. Ambas usando roupas orientais características daquele esporte desconhecido pelo Zoldyck, uma delas já era familiar para o rapaz: aquele que havia o contratado, Albel. A outra se caracterizava por uma alta garota de cabelos loiros, desconhecida para Kuroo. Albel disparava em direção a seu oponente, sem piedade tentando lhe desferir um golpe lateral que era bloqueado majestosamente pela jovem, que revidava assim que tinha a chance, com um corte superior que atingia meticulosamente a cabeça do homem de cabelos negros, encerrando a luta. - Geez, essa doeu. - Reclamava. - Não é minha culpa. Foi você quem pediu para ir com tudo. - Dizia de maneira convencida, se alongando. Assim que percebia a aproximação do rapaz de cabelos brancos, sua expressão se tornava de precaução. - Quem é você?

NPC's/Players presentes:

Observava aquilo como uma serpente preparada para o bote, de canto de olho, com a mão esquerda sobre a bainha de sua lâmina. Correu seus olhos pelos ali presentes por duas vezes, antes de ver a garota ganhar por completo a luta. Manteve a expressão firme e disse -- É rude não se apresentar primeiro, samurai

- Perdão? Acredito que foi você que adentrou esse lugar sem permissão. Onde você o encontrou, Caim? - Perguntava com um ar de majestosidade sobre si mesma, ignorante sobre as ações de Albel. -  Deixe-o, princesa. Fui eu quem chamou ele aqui.  - Albel dizia, sentado, de costas para Kuroo. - Caim. Daibouken deve ter começado a essa altura. Vá para a sala de trás e assista com ela, certo? - Ordenava, sendo seguido pela criança puxando a garota para uma porta ao fundo da sala em que se encontravam, apesar de seus protestos. - Ok, com isso fora do caminho... pode se sentar, Kuroo-kun. - Virava-se para frente, agora encarando o rapaz.

Desculpe, princesa ou qualquer coisa do tipo, mas...eu não ligo. -- dizia, de forma firme e levemente rude, como um homem que vive pela lâmina faria. Sentou-se no chão por um momento e então disse, de forma firme -- temos muito o que conversar, Albel. Mas antes tem algo que queira me dizer?

»OST

- Ah, mas é claro! - Dizia, dando uma breve risada. - Direto ao assunto... eu gosto disso. Bem, em frente então. Nós descobrimos onde a negociação irá ocorrer. Haverá uma festa em um cruzeiro que passará pelo porto da cidade... amanhã, durante a noite. Não é o tipo de coisa que eu ou você possuímos esperança de ser convidados algum dia, é por isso que você vai se infiltrar e roubar o item que será negociado por debaixo dos panos. - Pegava uma foto escondida em sua roupa, a entregando para Kuroo. Era uma imagem em baixa resolução de uma maleta acinzentada com alguns detalhes ondulados. - O item está dentro dessa maleta. A troca irá ocorrer na sala das máquinas, assim que a lua estiver no centro do céu. Meia-noite, se preferir. - Afirmava, com um olhar paciente. - Isso é algo que só você pode fazer, Kuroo-kun. Nós iremos forjar um convite para você, além de um disfarce adequado. Acha que consegue?

Manteve a expressão firme e compenetrada por um momento. Como fariam as pessoas de sua família naquele momento, se não estivessem mortos? Pensar não adiantaria nada. Ele era pago para ser o melhor naquilo, nada além de o melhor, por mais que estivesse no início de sua carreira. Engoliu a seco com olhar tranquilo e então disse, fazendo um dois com os dedos -- Duas coisas importantes. Uma mafia ou algo assim sabe dos seus planos, Albel. Ontem quatorze homens vieram atrás de mim, dizendo saber sobre você, e ligando você a mim. O mais prudente seria alguém por fora para trava-los, mas você sabe disso, não é um rolo, ou assim espero. -- vestia-se com uma jaqueta de couro negra, porém com peito desnudo. Em sua cintura descansava próximo ao bolso de sua calça jeans a lâmina numa bainha. Removeu a lâmina lentamente e disse -- A segunda ; Você conhece de lâminas como poucos. Sabe mais profundamente da história dessa? -- Sua mente já começava a maquinar o fato de que hoje teria ainda de falar com Allain