Ryuuseigai Hunt Arc - 07

»Sábado(01/03/20XX)

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- Os dirigíveis que pairavam ao redor do grande complexo de batalhas esporadicamente bloqueavam a luz do sol, mantendo Kuroo e as pessoas que andavam ao seu lado sobre uma sombra gentil e calma. Mas não havia nada de calmo na situação atual do Zoldyck: era uma verdadeira formiga em meio a uma tempestade, a mercê de forças que em muito superavam a sua e com amplitudes desconhecidas. Mas ele não podia fraquejar: como nunca, deveria manter uma face forte perante as adversidades, como havia feito desde seus primeiros dias em Ryuuseigai. Havia passado por uma leve chuva, mas agora o céu já estava limpo de uma maneira que não combinava com o inverno, mas uma luz solar era bem vinda de vez em quando. De qualquer maneira, havia certo tempo livre dali em diante. O contato de Albel ainda demoraria um pouco, então poderia meditar, treinar sua habilidade com a katana nos diversos dojos que existiam na base da estrutura ou até mesmo finalmente lutar na grande arena, que o convidava com sua grande majestosidade.

NPC's/Players presentes:

Se aproximava da grande arena vestindo sua jaqueta de couro completamente negra como sempre, dessa vez sem camisa, com uma grande atadura sobre seu estômago. Sua expressão era firme e presa em uma compostura única. Parecia realmente de mãos atadas em meio à tudo aquilo. Era possível ver escrito nas costas de sua jaqueta em vermelho escuro SEE YOU IN HELL E aquilo falava muito sobre Kuroo. Quantas vezes não haviam tentado matá-lo? Não era em meio à pessoas normais que iria conseguir sua vingança, era com o Nen. Devia treinar em seu quarto, e era o que faria.

- O caminho até seu quarto era solitário e relativamente longo: afinal, ficava no andar 82. Era recebido pelo silêncio, nenhuma forma podendo ser vista no seu quarto, o que significava que muito provavelmente não seria vítima de uma emboscada naquele momento.

A sensação obscura tomava seu corpo por um momento. O jovem ao chegar em seu quarto, foi até a janela e então olhou para o lado de baixo. Sua expressão era séria e comedida. O silêncio bastava entre o assassino que MAIS UMA VEZ havia voltado do inferno. - Malditos ratos. Eu ainda vou por todos vocês nos seus devidos lugares, nem que isso me custe mais uma ida para o inferno. - Sua expressão era refletida pelo vidro do lugar onde estava.

Deu meia volta e então pegou a katana, tirou-a da bainha e se sentou no chão com a mesma, colocando-a em seu colo, com a parte laminada para cima, onde repousava sua mão, quase vindo a se cortar. A dor que lascinava sua carne era a prova de que continuava existindo. Treinaria seu Hatsu com a katana em seu colo para tentar aflorar seus sentidos.

O membro 'Eiji' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'D10' : 8

O longo treino serviu para refazer seu corpo e mente em diversos pontos. Ninguém o entendia, e talvez assim fosse melhor. No fim de seu treino conseguiu até mesmo ouvir algo em sua mente, uma voz que ia e vinha perguntando se aquilo era o que ele queria para ele mesmo : Uma jornada em busca da vingança.

Sim. Era o que ele queria. Já havia se transformado muito desde o lugar que havia saído para estar alí. Era uma prova de que os erros constroem muito mais do que os acertos. O silêncio era a prova de que Kuroo era provavelmente do tipo que não morre. Como um anjo que teve suas asas arrancadas, e caminha pela terra preparado para arrancar a asa dos pássaros até fazer as próprias.

Pegou a katana com a mão machucada e resolveu guardá-la dentro da bainha. Colocou a katana ao seu lado na cama, e então decidiu dormir um pouco, para quando acordasse andar por Duelpolis.

- Assim que sua cabeça tocava o confortável travesseiro era envolto por uma sensação pesada, como se seus próprios sentidos deixassem seu corpo. Mas... não era algo que descreveria como desconfortante, mas sim como relaxante e extremamente bem vindo. Em poucos momentos, adentrava uma inconsciência profunda.



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- Seus olhos abriam repentinamente para uma visão desconhecida. Sua visão estava embaçada, como se uma densa névoa estivesse instalada ao redor da sala. Sala. Como havia chegado ali? Era uma sala elegante, de uma verdadeira mansão, com uma ainda mais elegante mesa no centro. Estava sentado em uma das cadeiras em uma postura requintada, não combinando nem um pouco com o rapaz de Ryuuseigai. Havia... um tom meio roxo pelo local, como se a névoa pintasse o mesmo com um tom pouco natural. Mas isso não era o principal: ao redor do rapaz, nos outros lugares da mesa, estavam espectros negros sem rosto ou qualquer demarcação de seus corpos, Kuroo apenas os identificando como humanos devido a forma que tomavam. Havia um absoluto silêncio, nenhuma palavra podendo ser ouvida dos seres cuja forma parecia tão frágil que se esvairia em qualquer irregularidade. Diversas comidas muito atraentes permaneciam espalhados pela mesa, mas todos os pratos estavam vazios.

No momento onde deitou, uma sensação pesada cobriu seu corpo, e sua visão lentamente se apagou. Não como um sono normal, mas sim como quando a pessoa é desmaiada à força.

A sensação durou por volta de quatro segundos, até que sentiu um tipo de choque percorrendo seu corpo. Não estava deitado, mas sim sentado de forma elegante : Postura ereta, sem cotovelos apoiados à mesa. Olhou lentamente para os lados, e, ao ver as formas disformes respirou fundo. Levou a mão esquerda até o olho esquerdo e então forçou-a contra seu rosto. Seu pé batia de forma ritmada contra o taco de madeira no chão. Respirou fundo mais uma vez e então correu seus olhos entre seus dedos pela sala, como se esquizofrênico fosse.

Seu rosto que era uma linha reta de expressão lentamente começava a tomar vida. Um sorriso se fazia presente, um semi-sorriso. Seus olhos nervosos pareciam agora fixados em algo. Estendeu a mão esquerda e pegou uma única garrafa de vinho. Ao puxá-la, sentiu como se retirasse algo de um lugar cujo não deveria ser retirado. Deu de ombros, e, levantou-se. Serviu taça por taça das mesas, em completo silêncio.

Uma à uma ia servindo, com a expressão semi-sorridente na face. Seu cenho mantinha-se extremamente contraído, e, finalmente, ao terminar de colocar vinho em todas as taças, o jovem finalmente pode se sentar denovo. Respirou fundo e então um sorriso maior ainda se fez presente. A sensação nébria daquele lugar era tão...relaxante? não sabia se era essa a palavra certa. Sentia seu coração palpitar mais forte, enquanto dizia. -- É tão bom estarmos todos juntos, não? -- E fechou os olhos, num sorriso gentil. Estaria ele ficando louco?

- Não havia resposta. Suas únicas palavras haviam sido respondidas com um silêncio opressor e indefinido, que apertava seu coração de maneira cruel. A névoa se tornava cada vez mais fria e densa, sua visão ficando cada vez mais difícil. Uma única palavra ecoou em sua mente. Não vinda de algum dos espectros, mas sim... do fundo de sua psique.


- Houve uma pausa, antes de ouvir algo imprimido em sua mente mais uma vez.


- Os espectros tomavam em suas mãos as taças que haviam sido enchidas pelo rapaz de Ryuuseigai, as segurando de maneira elegante enquanto faziam um brinde aparentemente à presença de alguém ali. Estavam falando de Kuroo? Não conseguia entender. Sua mente esbranquiçava, sua cabeça doía. Sentia uma náusea indescritível crescendo dentro de si, mas seu corpo se recusava a se mover.


- Mais algumas palavras apareciam em sua mente, antes de um silêncio absoluto se instalar. Apenas o batimento nervoso de seu coração adentrava seus ouvidos. Uma forma conhecida aparecia em meio a mesa, um dos espectros retirando a tampa de uma bandeja presente ali. E em seu interior... estava um certo animal de oito patas, aparentemente feito do mesmo material irregular que formava a névoa e os outros presentes. 

Mantinha sua expressão sorridente. Não era um sorriso confortável, mas sim o tipo de sorriso desconfortável que se vem em momentos de extremo aperto ou insatisfação, como se algo estivesse errado, mas ao mesmo tempo fosse tão cômodo que...talvez fosse melhor deixar as coisas como estavam. Mantinha a expressão em sua face durante todo o momento, como se não sentisse aquela sensação opressora sobre seus ombros.

- Um brinde! UM BRINDE! - Ele dizia em um tom alarmado, com os olhos arregalados. Começara a rir sozinho em sua cadeira naquele momento. Largou a taça de vinho ainda no ar, fazendo com que a mesma se estilhaçasse contra o chão. Seus cabelos naquele lugar maldito pareciam não seguir a lógica da física, e tremulavam como serpentes presas em um elástico. Seus olhos pareciam crescer e diminuir, e tudo parecia pulsar junto à seu riso.

No momento em que foi aberta a bandeja e o animal de oito patas foi servido, o riso histérico cessou, restando apenas uma linha inexpressiva. As cores psicodélicas deram lugar ao cinza e preto. O animal começou a rastejar e se mover de forma odiosa, com suas longas patas na direção de Kuroo, que sibilou como uma cobra naquele momento, mostrando as presas acuado. No momento em que sentiu sendo engolido pela aranha, acordou alarmado. Seus olhos banhados pela luz fazia com que pudesse notar que a colcha de seda estava molhada devido à seu suor. Ao olhar para o chão no pé de sua cama viu por um momento os estilhaços de algo, e por isso pareceu pensativo.

Nu se levantou, seguindo até o banheiro, onde lavaria seu rosto e se arrumaria. Tudo ainda pulsava dentro de sua cabeça. Olhando para sí no espelho ficou durante alguns segundos, com uma expressão furiosa, de maxilar marcado. Precisava de mais e mais para sí, para poder descansar tranquilo. Aniquilar a aranha apenas não bastava, tinha de...pior! TINHA DE FAZER COM QUE SOFRESSEM! -- que sofram...que sofram...MALDITOS! EU VOU DESTRUIR AQUELE MALDITO LUGAR! EU VOU FAZER COM QUE SINTAM NA PELE! -- Ele berrou, com os olhos arregalados, levando ambas as mãos até o rosto, sorrindo e forçando seu sorriso com os dedos indicadores e médios durante alguns segundos. Os olhos arregalados mantinham o ritmo da risada.

O surto durou por volta de trinta segundos, até que lentamente tudo foi se normalizando. Jogou uma toalha por cima da cabeça e então seguiu até o resto do quarto, para se arrumar e descer. Precisava descobrir um lugar melhor para treinar.

- Conseguia encontrar forças para sair do quarto em meio à raiva e à loucura, seus passos ecoando pelos corredores da Heaven's Arena. Sua busca por um local melhor para treinar se iniciava, sua forma deixando a Arena após alguns minutos.



- Duelpolis era um local grande, MUITO grande. Encontrar um local para treinar em uma cidade como aquele nome era como procurar uma agulha em um agulheiro, então não teria tanta dificuldade assim. Sua busca o levaria para os arredores da torre, onde a maior parte dos dojos especializados se encontravam. Em meio as ruas, podia ouvir um estrondo. Não havia de um local distante, na verdade... vinha exatamente da frente? Era rápido demais para seus olhos acompanharem, mas de dentro de uma estrutura oriental, três homens eram violentamente expulsos, seus corpos percorrendo o ar de maneira rápida e se chocando contra as escadas que davam entrada para o grande local, que era cercado por um muro aparentemente resistente. Todos os três estavam em situações péssimas, suas vestes mal-tratadas e extremamente amassadas sendo uma prova disso. Podia ouvir passos se aproximando, e em frente ao portão do que aparentava ser mais um dojo, um homem de cabelos castanhos aparecia. - Eu realmente aprecio um desafio, mas essa é a sétima vez essa semana. E a SÉTIMA derrota, pelo amor de Deus! Aprendam de uma vez! - O homem colocava a katana que carregava na bainha de maneira elegante, como se finalizasse uma luta. Um dos homens se levantava, ajudando outro a ficar de pé. - Maldito, você vai pagar por isso! Nós vamos voltar! Com mais homens! E mais fortes! - Protestava, começando a deixar o local até que percebia Kuroo. - O que você tá olhando, idiota? Isso não é um show!

NPC's/Players presentes:

Kuröo se esforçava muito para manter uma aparência mínimamente saudável, mas a verdade é que desde que começara a sua desenfreada caçada por vingança, não conseguia mais esconder totalmente sua aura de ruindade. Era como se o rapaz exalasse uma sensação de insatisfação, de...predatorismo.

O jovem se vestia da seguinte forma : Uma camisa branca regata cropped. Seu abdômem tinha ataduras por todo o seu redor. Por cima carregava uma jaqueta de couro, como sempre fazia. Vestia uma calça jeans clara, e presa à ela sua Katana.

Enquanto caminhava, acabou por ver usuários de Katana sendo arremessados para fora de um lugar. Não pode deixar de ver a reação dos Usuário de Katana, e deu um longo sorriso -- Eu? nada. Longe de mim rir de vocês. -- Ele mantinha o sorriso zombeteiro. Apontou para um dos que estava caído com a katana na mão e disse -- Você tá segurando errado. Desse jeito você não corta nem seu almoço. -- O olhar do jovem brilhou em vermelho por um momento

- Hããn?! O que você disse, seu emo?! Você está insultando nossa escola?! - O homem reclamava logo que imediatamente, se colocando em pé. - Você tem muita coragem mesmo! Nós vamos nos lembrar de você! E dessa derrota, Harada! - Dizia enquanto acompanhava os outros dois, em passos lentos. - Malditos, vocês vão todos pagar...! - Gritava enquanto desaparecia em meio as pessoas que iam e viam, que permaneciam em certo desconforto com certa situação. O homem no topo da escadaria suspirava. - Ah, eles nunca aprendem. Acho que vou ter que forçar bom senso no mestre deles para que nos deixem em paz. - Dizia, de maneira calma. Olhava para Kuroo, com um tom simpático. - Desculpe envolver você nisso, as coisas ficaram fora de controle bem rápido.

Kora, emo? isso é inveja, rapaz? eu só dei um toque pra você. -- Ele dizia, ainda com o sorriso. Aqueles homens eram engraçados, de fato. Quando viu os homens indo embora, virou-se na direção de Harada e disse -- Duelpolis é curiosa, de fato. Sete vezes que eles te desafiam? nossa.

- É uma cidade única, realmente. - O homem concordava, ainda com uma expressão simpática. - Eles são praticantes do estilo Uzumaki-ryu, um dos maiores rivais do estilo Shingen-ryu. Não é a primeira vez que eles tentam tanto tomar nosso dojo. - Suspirava, meio frustrado, mas logo tomava uma expressão convencida. - Mas meus estudantes são os melhores, mesmo. Continuamos invictos. - Dava um sorriso. Logo notava a katana na cintura de Kuroo, adotando uma expressão de curiosidade. - Você é um praticante de kenjutsu também?

-- Sim. Eu uso o estilo Uzumaki-ryu. -- Ele dizia com uma expressão séria, que logo morria em questão de segundos. Era claramente zombeteiro naquele momento. -- Sim, eu sou um praticamente de Kenjutsu, mas não uso nenhum estilo que chame os olhos como os de vocês. Eu sou do tipo prático. Harada, não é? -- Dizia se aproximando, com a mão esquerda esticada para o rapaz. -- Meu nome é Kuroö. -- Kuroo odiava contato social, mas para um máscara firme deveria forçá-lo.

- Precisamente. Harada Souji. - Dizia de maneira simpática, rindo um pouco da primeira afirmação de Kuroo enquanto retribuía o aperto de mão. O homem era elegante em todas as suas ações, o que realmente lhe colocava em um patamar elevado. - Você realmente não é um usuário de kenjutsu típico, o que me deixa bem intrigado. - A aparência de Kuroo não gritava disciplina como os alunos daquela arte, então o garoto realmente se sobressaía. - Eu estou realmente interessado em ver esse seu "estilo prático", então por que não entramos um pouco? - Fazia a proposta, mantendo uma expressão simpática. - Eu gostaria de ver como meus alunos se saem com seu estilo de luta. Sem dúvida será uma experiência bem gratificante para ambos.

Pensou em diversas coisas para falar para Harada Souji, mas...sinceramente, precisava falar mesmo da sua cruzada contra a aranha? pensou em falar, mas achou completamente desnecessário. Respirou fundo e então disse -- Hoh, direto assim!? você é peculiar, Harada Souji. Você é de longe? seu nome é diferente. -- Ele dizia, com uma expressão tranquila em sua face. Kuroo era como uma serpente rodeando os pequenos pássaros. Essa era a impressão que dava para os demais. -- Mas, sim, eu topo. Sem problema algum. Sei que posso tirar algo de proveitoso disso. -- Tudo era experiência. Algo assim era dificil de conseguir, e....Nobunaga era um monstro em questão de lutas com espada. Para matá-lo precisaria chegar à um limite.

- Jappon. Já ouviu falar? É um país fechado ao sul. Terra das cerejeiras e dos samurai. - Parecia meio nostálgico ao falar de sua terra natal. - Ah, algum dia eu ainda retornarei... - Dizia com uma expressão melancólica, mas mantendo um sorriso. - Kuroo é um nome Padokeano, certo? Você é daqui?

Pode-se dizer que sim. Eu vou ser sincero, Harada. Esse não é meu real nome. Eu não tenho um nome real, pra ser sincero. -- Não tinha o por que não dizer aquilo. Arrumou sua bainha na cintura novamente enquanto adentrava. -- Jappon? interessante. Eu vim de um lugar um pouco longe também. Se eu contasse, você não acreditaria. -- Riu, de leve.

- Adentravam o portão que dava acesso ao dojo rapidamente, subindo as escadas e se deparando com uma estrada de terra que levava à estrutura em uma parte mais funda. Assim que ouvia as palavras de Kuroo, fechava os olhos, com uma expressão ainda simpática. - Todos temos histórias. Tenho certeza que você possui um bom motivo para isso. - Falava meio indiferente, prosseguindo no caminho. - Algo como um "nome real" não é algo muito importante quando você para pensar. Suas ações definem quem você é. - Era algo bem comum de se dizer, não parecendo que Harada havia pensado muito. Mas... era algo a se pensar. Estava Kuroo realmente destinado a ser um assassino meramente por ser um Zoldyck, ainda mais considerando as circunstâncias? Era algo que deveria decidir por si só.


- Alcançavam o dojo após pouco tempo, os dois permanecendo em pé perante a estrutura por alguns segundos. - Mas tem algo que eu estou curioso para perguntar sobre você, Kuroo. - Mantinha seus olhos focados no dojo, segurando sua katana. - Sua Aura... você a controla pelo estilo Shingen-ryu, não é? Eu consigo ver pela maneira como mantém seu Ten. - Não parecia uma afronta, mas sim legítima curiosidade. - Nossa escola é um dos ramos do estilo Shingen-ryu, focado em Kenjutsu. Nós conciliamos a utilização de Nen com a arte de utilizar uma espada.

Interessante, Harada. -- Dizia, de forma firme. Enquanto seguiam até o local, pareceu pensativo por um momento. Um gavião ainda é um gavião, mesmo que seja criado em meio à galinhas, e essa é a verdade sobre a essência das pessoas. Kuroo era um assassino desde sempre. Não podia inventar desculpas para sí mesmo.

Quando adentraram o Dojo, botou a mão em sua bainha. A verdade é que aquela Katana carregava muito mais significado para Kuroo do que qualquer outra coisa. Era, junto do símbolo de seu clã a maior prova de sua motivação. Mesmo quando reforjada, sua cor não se tornou alva. Ainda era possível ver o vermelho e o nen obscuro que parecia crescer de dentro dela.

Kuroo se esforçava para mantê-lo. -- A aura? Eu a controlo da forma como senti que era necessário. Não tive tanta instrução quanto os demais, Harada. Eu sou um homem ligado à uma motivação, quando essa motivação for atingida, finalmente poderei pensar em coisas bonitas e detalhes. -- Disse, com total sinceridade. Levou a mão esquerda até a bainha e então disse -- É, é isso. Vamos praticar um pouco? vejo que tem curiosidade.

- Entendo. Bem, não é como se eu tivesse direito de lhe dizer qualquer coisa. - Falava de maneira sincera, adentrando o dojo.


- O interior era muito parecido com àquele que o Zoldyck havia visitado anteriormente, e assim como o anterior, estava desprovido de muitas pessoas, apenas quatro formas além de Kuroo podendo ser vistas. A primeira pertencia a um rapaz com rabo de cavalo e cabelo negro, a segunda, uma garota de longos cabelos pretos que se destacavam em meio ao hakama branco e a última uma mulher de cabelos azuis, presos de maneira elegante na parte de trás de sua cabeça. Todos utilizavam hakamas brancos na parte superior e negros na parte inferior, que realmente se destacavam em meio às vestimentas mais expressivas de seu mestre. - Você realmente demorou, sensei. - A garota de cabelos azuis dizia com uma expressão neutra, abrindo apenas um dos olhos que era voltado para o Zoldyck. Os outros dois pareciam alheios a presença de Harada, e continuavam focados em um treino intenso utilizado duas espadas de madeira. Kuroo podia ver... todos ali podiam utilizar Aura. - Desculpem, desculpem. Eu acabei me deixando levar. - Falava em um tom apologético, adentrando mais o local. - Esse é Kuroo. Kuroo, essa é Velvet. - Apresentava o rapaz para a garota, que não parecia nem um pouco intimidada. - É um prazer.

NPC's/Players presentes:

-- Olá, Velvet. -- Disse, de forma direta. A sua mão continuava a repousar na bainha de sua Katana. Sua expressão era compenetrada, sentindo a pressão do lugar e ali então se acostumando. Pareciam interessantes para se lutar. Kuroo mantinha a expressão firme como a de um leão, no alto de sua imponência. Sua roupa era diferente daquela usada pelos homens alí presentes. Era como se ele fosse um tipo de....apropriador de cultura? Sim. Era o que ele era. -- Como quer fazer, Harada?