Whale Island Arc - 04

- Ei, ei, achei que você fosse ser mais rápido. Fufufu. - Deixava a risada sair abertamente dessa vez. - E não pensei que fosse destruir tanto... parece que minha força é ainda maior do que penso. Mas ao menos destruí todos eles! E agora, para aonde vamos?

- Não é óbvio? Esse lugar não vai pra lugar nenhum aparentemente, então vamos voltar e tentar ir pela direita. - Apesar do estado de suas roupas, não havia nenhum ferimento em seu corpo.

- Hehehe, parece que eu fiz um estrago grande dessa vez. - Colava as mãos na nuca. Parecia mais orgulhosa do que arrependida. - Esse lugar não era protegido por lei ou algo do tipo, né? Porque não tenho dinheiro nenhum.

- Tudo bem, eu também não tenho nenhum! - Havia um estranho... orgulho... em sua afirmação. - Então eu não conto se você não contar, certo? - Parecia "negociar" com a garota, até por que provavelmente também seria culpado se seu envolvimento naquilo fosse descoberto. Sua expressão se fechava um pouco mais, mostrando seriedade. - Mas o que me intriga mesmo são aqueles ossos...

- Seu rosto ficava sério novamente. - Acha... acha que eram de pessoas daqui da Ilha? Será que era algum tipo de ritual? - Cerrava a testa, era difícil solucionar um mistério sem qualquer pista ou informação. - Será que tem algo a ver com o Cont- - Percebeu novamente que estava falando demais. - ...ah, esqueça.

- Difícil dizer. Eu nunca vi ninguém com aquelas vestes antes, parecia algum tipo de culto ou algo assim. - Mantinha a mão no queixo, pensativo. - Mas nunca existiu algo assim na ilha da baleia, não que eu lembre pelo menos.

- Acha que os ossos estavam lá há quanto tempo? - Tirava as mãos da nuca, deixando-as livres novamente. - Talvez... talvez seja nosso dever descobrir isso tudo.

- Quem sabe? Tantos os ossos quanto as vestes estavam bem maltratados, então deveria ser a um bom tempo. - Continuava a andar, uma expressão séria em seu rosto. - Mas pelo jeito que eles estavam dispostos sobre o chão... acho que é seguro afirmar que não foi nenhuma besta selvagem que fez aquilo. - Dizia a última parte com uma seriedade em especial.

- Vamos voltar aqui mais tarde e tentar descobrir mais. Se for algum culto ou coisa do tipo... - Fechava o punho com força. - ...temos que para-los. Seja lá quem for, ele não tem o direito de fazer isso. - Uma irritação repentina tomava conta de Estelle, fazendo seu corpo estremecer por alguns breves momentos. - Ninguém tem.

- Continuavam a caminhar, um ar pesado sendo instalado entre os mesmos após os acontecimentos. Chegavam na bifurcação novamente, dessa vez escolhendo o caminho da direita. - Certo, esse deve dar em algum lugar! - Tentava recuperar sua excitação de sempre, mas naquele ponto era simplesmente desconfortável.


- Chegavam em uma área mais aberta, o interior da caverna se expandindo em dezenas de metros para todos os lados enquanto se sustentavam em um pilar em meio a um grande abismo. - Ah! Eu lembro dessa parte...! - Caesar dizia, criando esperança de realmente estarem no caminho certo. - Só precisamos atravessar a ponte, e... e... ponte...? - Não havia ponte. Na verdade, havia, mas a mesma havia caído para um lado e deixado a travessia para o outro extremo da caverna impossível. Eram pelo menos trinta metros de distância, e uma queda que desafiava o horizonte da visão de Estelle. - Uh-oh.

- Ei... o que fazemos agora? - Se aproximava da extremidade com cuidado. - Pular vai ser difícil... não tem outro caminho? - Voltava e deixava seu corpo descansar, sentando um pouco no chão. Sentia o frio novamente, mas novamente já não incomodava.

- Você viu, não viu? Esse é o único caminho que podemos seguir. - Dizia meio desapontado, coçando a cabeça. - Mas se a ponte caiu... o que podemos fazer? Não é como se pudéssemos pular algo assim, mesmo com Nen. - O frio... já estava começando a os atacar novamente. Precisavam continuar andando. Em meio ao silêncio... passos, vindos da extremidade oposta da ponte. Se aproximavam lentamente, só podendo ser ouvidos pelo eco causado pela caverna.

- Ei, Caesar, ouve isso? - Estelle dizia o mais baixo possível. - Tem alguém, ou alguma coisa, vindo. - Levantou-se e encarou o lugar de onde o barulho vinha. - Quem está aí? - Altivamente perguntou.

- A origem do som vinha dos passos de um ser encapuzado, sua forma levemente ofuscada pela distância e escuridão, mas possível de ser distinguida devido a espécie de lamparina que carregava. - Você não devia dizer seu nome primeiro em uma situação dessas? Falar algo assim é falta de educação. - A voz era conhecida por Estelle, e relativamente acalmava seu coração preocupado. Tirava o capuz, o garoto de cabelos vermelhos se mostrando. - Eu posso apostar que aquele tremor horrível foi culpa de vocês dois, não foi? O que diabos vocês estão fazendo aqui?

NPC's/Players presentes:

- R-Rift!? - Ver Rift em um lugar como esses e em tal situação acalmou a garota. Não iria ficar presa, afinal. Deixou sair um suspiro e relaxou novamente o corpo. - Ei, idiota, por que tem que se aproximar desse jeito, como se fosse um grande vilão? Sorte sua que eu preferi não atacar, poderia ter te matado. E o tremor... - Olhava para Caesar. - É um mistério para mim também! Encontramos alguns ossos e depois tudo simplesmente caiu, muito estranho.

- É-é, com certeza! Estranho mesmo! - Caesar desviava o assunto, mas obviamente não era muito bom nisso. - Certo, eu não vou nem me preocupar em perguntar mais... - Suspirava, colocando a mão no cabelo. - Você pode pelo menos dizer o que vocês vieram fazer aqui, pra início de conversa? Não acho que o Caesar tenha ficado nostálgico de uma hora pra outra. - Provocava, tirando uma mochila de suas costas enquanto procurava por algum objeto na mesma.

- Ele disse algo sobre tentar reviver algumas memórias de infância e falou por horas sobre como vocês brincavam aqui. Fufufu. - Tentava provocar Caesar e Rift ao mesmo tempo. - Mas o motivo original foi porque o caminho normal estava bloqueado. - Se lembrou, então, do que havia acontecido mais cedo. - Ei, Rift, Rift! Me ensine En, o Caesar infelizmente não é bom o bastante para isso, então preciso de alguém talentoso!

- Memórias de infância, bloqueado, En, o que? - Era bastante coisa para Rift absorver, então ficava visivelmente confuso. - Mas espera aí, você me chamando de talentoso? Quem é você e o que fez com a Estelle? - Parecia incrédulo, segurando uma corda. - Shu. - Parecia envolver o objeto com sua Aura, o jogando para o outro lado. - Certo, isso pode ser meio arriscado, mas provavelmente vai dar certo. Se segurem na corda e se joguem no penhasco, eu vou segurar ela por aqui e puxar vocês. Ah, e a Estelle vem primeiro. Eu preciso de todas as minhas energias para sustentar ela, afinal.

- Que cavalheiresco de sua parte deixar a dama indefesa e delicada ir na frente, Rift. -
Dizia. - Mas vai ter que me ensinar En quando chegarmos do outro lado, certo? - Tirou suas luvas e as prendeu na blusa. Esfregou uma mão na outra, para as aquecer e foi em direção a corda. "Lá vai", pensou, e começou a atravessar.

O membro 'Haurock' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'D100' : 38

O membro 'Guerreiro Spiral' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'D100' : 82

- O plano de Rift tinha sucesso: assim que Estelle se jogava, a física fazia grande parte do trabalho: seu corpo ia para frente, e Rift simplesmente a puxava para cima uma vez que atravessava o grande buraco. - Isso meio que me deu uma ideia pro seu treino... - O rapaz dizia com uma expressão relativamente assustadora assim que segurava a mão da garota, em segurança a resgatando.
Caesar, porém, não tinha a mesma sorte.
Por algum motivo, a corda se quebrava ao meio enquanto o rapaz era puxado pra cima, seu corpo sendo jogado em meio a escuridão. Sem dúvidas parecia o fim, mas podiam ouvir o som das mãos e pés do garoto, envoltos em Aura, escalando a parede do abismo em direção ao topo. - POR QUE ISSO SÓ ACONTECEU COMIGO?! - Reclamava, indignado, assim que chegava a segurança.

- Porque você não é uma bela garota magra e leve! - Retrucava Estelle. - Irei dizer pela terceira vez, Rift, não me faça repetir: eu quero que me ensine En! Não sei como funciona nem exatamente o que faz, mas eu quero aprender e é melhor você me ensinar. - Afirmava Estelle. Não estava pedindo, estava mandando e iria insistir até que lhe ensinassem En.

- En... mas... o que deu em você tão de repente? Sua surra contra o Caesar foi tão feia assim? - Rift dizia, com sua expressão séria. - Haha, foi sim! - Caesar completava, de bom humor, quase esquecendo o que havia acontecido poucos minutos antes. - Eu vim investigar o tremor que abalou a vila, já que ele tinha vindo daqui, mas não esperava encontrar vocês dois. Bem, dois pássaros com uma pedra só. - Dava de ombros. - De qualquer maneira, está muito frio aqui! Podemos conversar assim que estivermos nas cobertas da sua casa, vamos lá! - Caesar se levantava, liderando o caminho, sem se preocupar com a opinião dos outros dois.
Enquanto as aventuras de Estelle nas cavernas de cristais da ilha da baleia chegavam ao fim, aqueles eventos não passariam despercebidos pelas engrenagens do destino.
E assim, a neve continuava a cair sobre a Ilha da Baleia.