Ryuuseigai Hunt Arc - 01

-- Faz sentido. -- Aquilo havia sido praticamente um desafio de Chrollo. Ele sabia que Kuroo voltaria até lá, e provavelmente agora que sabia que estava em Heaven's Arena, Kuroo tentaria subir para ganhar do mesmo. Mas sinceramente? Kuroo tinha tempo. Chrollo podia lhe esperar no topo da heaven's arena, e quanto mais tempo Chrollo ficasse no topo, maior seria sua queda. Apoiou a mão na bancada e então disse -- Enfim, obrigado. Bom dia. -- E arrumou a gola de sua camisa, caminhando rumo ao lado de fora. Iria até a associação. Parecia pensativo sobre ir para Duelpolis. A questão de ir antes para a Associação era mero detalhe, para conhecer as pessoas e o lugar.

- Após alguns poucos minutos de caminhada, deixava a cidade e adentrava o complexo sistema de estradas que cortava o continente de Padokea, os campos esverdeados se estendendo até onde seus olhos conseguiam ver. A forma do monte ficava cada vez menor, e, após um mês inteiro, Kuroo finalmente deixava os arredores da mansão dos Zoldyck.
- Demorava pelo menos quarenta minutos para que a forma de algo além dos campos que dominavam o horizonte se mostrassem na visão de Kuroo. Do lado de uma estrada muito bem conservada, se encontrava uma... taverna? Sem dúvidas era uma, um grande fluxo de pessoas entrando e saindo da mesma, além de contar com um grande símbolo da associação, visível para todos, em seu teto. Seu interior era ainda mais lotado, contando com gente de todas as nacionalidades, cores e estilos. Haviam pelo menos dezenas do que pareciam ser Hunters ali, alguns em atividades ilegais, outros jogando jogos de azar e a maioria apenas conversando ou bebendo, não demostrando qualquer real preocupação naquele ambiente. - Estamos recebendo várias faces novas por aqui hoje. - Dizia o barman em um dos balcões do local, decorado por ninguém além de uma garota de cabelos esverdeados que já deixava o local. - O que vai querer, amigo? - Dizia com uma voz simpática.

NPC's/Players presentes:

Seguiu silenciosamente com as mãos nos bolsos. Kuroo carregava diversas coisas interessantes consigo, inclusive uma das agulhas de Ni em seu ombro ainda, não havia retirado-a, afinal, não tinha outro lugar para carregá-la. Foram por volta de meia hora em caminhada normal, abaixo de pouco sol para chegar até o lugar semelhante à um bar.

Se aproximou do balcão, e então quando ouviu sobre faces novas se sentou num dos bancos em frente ao mesmo -- Uma água, por favor. -- E piscou de leve para ele. Abriu os braços como se estivesse se espreguiçando e disse -- É, eu nunca havia vindo aqui. -- Estendeu a mão para cumprimentar o homem

- É um prazer conhecê-lo então. - Balançava a mão de Kuroo em um gesto simpático. - O que procura? Este é um famoso ponto de encontro para Hunters, então imagino que tenha algum objetivo em mente. Está procurando um trabalho? Procurando por alguém? Busca informações? - Perguntava com uma voz calma. - Você pode encontrar os mais diversos por aqui, enquanto tiver dinheiro suficiente. - Confirmava enquanto colocava a água no copo para Kuroo, que emanava suas características gélidas e refrescantes.

Um trabalho seria bem interessante. -- Suspirou, fechando os olhos por um momento. Pegou o copo d'agua e deu um curto gole no mesmo, antes de olhar ao redor. Não sabia se todos os hunters eram como ele e não tinham alguem para lhe ensinar o uso de Nen de fato, então, tudo o que podia fazer era correr atrás de informações. Tossiu de leve após observar tudo e logo disse para o Barman -- Eu estou atrás de um exorcista de nen. Sabe se posso conseguir um por aqui? -- E fechou os olhos

- Um exorcista? - Perguntava com certa surpresa. - Ah, você está com sorte. Vê aquela garota na segunda mesa a direita? - Apontava para uma forma solitária em uma das mesas, não podendo ver mais nada além de seus simples cabelos marrons. A garota parecia bem jovem para uma exorcista, quem diria Hunter.
- Pelo que parece ela é especialista em lidar com maldições e quantidades residuais de Aura, pelo preço certo. - Completava, passando um pano em suas mãos. - Fale com ela se quiser saber mais.

-- Heh? Tudo bem. -- se levantou em um único movimento pomposo, arrumando a jaqueta de couro que caia sobre seus ombros e a cropped branca mostrando levemente seu abdômen definido. Seguiu silenciosamente até a mesa da mesma, e colocou seus olhos sobre ela, dizendo - Opa. - e colocou a mão esquerda na bainha da katana, de forma pouco hostil. - Meu nome é Kuroö - exibiu um bom sorriso para a garota - podemos conversar um pouco? -- manteve a feição amigável

- A garota se assustava com a aproximação de Kuroö, o que não era uma surpresa: sua aparência era bem intimidadora. - S-sim? S-Shizuku. P-posso ajudá-lo? - Perguntava com uma voz legitimamente incomodada, não podendo ser culpada: um estranho como o Zoldyck se aproximar daquela maneira seria desconfortante para qualquer um.

NPC's/Players presentes:

Eu te deixei desconfortável? Perdão. -- disse de forma amigável, ainda com um sorriso nos lábios. O rapaz era alto e carregava uma aura opressora, mas ainda assim era bonito e parecia conseguia se fingir bem de bonzinho. -- Posso me sentar? Me falaram que você é boa no que faz, e...conversas agradáveis são sempre boas, não? - disse, já sentando

- Parecia ficar um pouco mais confortável após as palavras de Kuroo, baixando mais a sua guarda. - Ah, você é um cliente? - Perguntava, mexendo em seus óculos um pouco sorridente e com uma expressão convencida em seu rosto. - Desculpe, eu não tenho costume de ser aproximada pelas pessoas dessa maneira. - Se desculpava com um sorriso sem graça, logo uma expressão neutra se instalando em sua face. - Kuroo, não é? O que eu posso fazer por você?

Creio eu que isso possa te interessar um pouco, Shizuku. -- Ele disse, com um curto sorriso, retirando na cintura a lâmina na bainha e colocando encima da mesa, perante à mesma. Mantinha uma expressão boa no rosto, vendo a katana à sua frente. Provavelmente a Exorcista entenderia quem era Kuroö apenas a tocar a lâmina ou algo do tipo. De forma um tanto ousada, como se tentasse quebrar o gelo entre eles, disse, fitando-a no fundo dos olhos -- O óculos te deixa com um formato de rosto bonito. -- E analisou a reação da mesma. Era costumeiro Kuroö fazer aquilo. Olhou uma vez ao redor, como se buscasse ver se alguem estava olhando para eles.

- Observava com atenção a forma da arma colocada sobre a mesa, pegando-a enquanto protegia suas mãos com uma espécie de tecido, mas envolto em Aura, que retirava de um bolso em suas roupas. Passava seus dedos entre a lâmina com extremo cuidado, a trilha de Aura que rodeava a mesma a acompanhando em todos os momentos. Assim que ouvia o comentário de Kuroo, porém, deixava a mesma cair, uma expressão envergonhada se instalando em seu rosto. - A-ah, n-não diga esse tipo d-de coisa, p-por favor! - Com seu rosto corado, tomava a arma em suas mãos novamente. - É uma espécie de selo de Nen. Você quer removê-lo? Eu vou precisar reforjar a espada pra isso. - Afirmava com um olhar afiado, nunca deixando a forma da lâmina em suas mãos.

Manteve o sorriso amigável nos lábios ao ver a reação da mesma. Estalou seus dedos e então aproximou sua face da face da garota, olhando-a de mais de perto e dizendo -- Nunca te falaram isso? de onde eu vejo, falamos tudo o que achamos bonito nas pessoas. -- Mentira. Mentira descarada. Em Ryuuseigai a ultima coisa que se ouve é um elogio. Todos são como urubus de asas grandes revoando o inferno de lixo. Kuroö tinha de se tornar o rei dos urubus. -- Me diga, eu sou bonito? -- Ele então aumentou o sorriso perspicaz, prosseguindo enquanto olhava para a lâmina -- Consegue sentir? ou até mesmo...ouvir a história dessa lâmina? sinta-a, Shizuku. Isso até mesmo me arrepia. Olhe só! -- Apontou para seu braço, arrepiado. -- Me fale mais sobre esse selo de nen. E o que aconteceria de drástico caso o selo fosse retirado? -- Parecia realmente interessado.

- Corava ainda mais com as primeiras palavras de Kuroo, atingindo o ápice na primeira pergunta do rapaz. Podia sentir sua cabeça ferver no calor que sentia naquele momento. - S-s-s-s-sim! M-m-m-muito... m-m-m-muito... b-b-b-b-b-bonito! - Gaguejava de maneira repetitiva, obviamente não sendo boa com aquele tipo de coisa. Escondia suas mãos em uma ação defensiva, claramente envergonhada com todas as palavras bonitas do Zoldyck. Não sabia como reagir. - N-n-não é nada do t-t-tipo! É uma espécie de t-t-trave que só abre para um usuário e-específico! - Tentava mudar de assunto, respondendo a última pergunta do rapaz. - S-se você removê-lo, v-vai conseguir usá-la!! - Dizia de maneira rápida e ininterrupta.

O membro 'Eiji' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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'D10' : 1

- Suas bochechas ficavam cada vez mais rosadas a medida que sua mão permanecia no peito de Kuroo, a garota demorando alguns segundos para ter qualquer reação. - Eu entendo, K-Kuroo... - Começava a falar, gaguejando um pouco. Por um momento, o Zoldyck pensou que seu plano funcionara. - E eu estarei disposta a ajudar... - Isso só servia para firmar ainda mais o sucesso de Kuroo. - Depois que discutirmos o preço pelo trabalho. - Puxava sua mão, jogando um balde de água fria nas expectativas de Kuroo. Por fim, ficava claro que havia falhado em seu objetivo. Se recompunha, arrumando seu óculos.

Resultados::

Assim que ouviu o que a garota dizia, manteve seus olhos nela por alguns segundos, mantendo um curto sorriso nos lábios ainda, e dizendo em seguida -- Sem problemas. Qual será o valor!? -- Ele respirou fundo e olhou então para a lâmina -- Sabe? Essa lâmina tem história. Foi de um antepassado meu, e eu tive que ir bem longe para buscá-la. Você provavelmente conhece ele, Shizuku. Ou ao menos o nome dele. -- Dizer aos sete ventos que era um Zoldyck parecia uma coisa idiota, mas apenas três pessoas sabiam aquilo. Talvez conseguisse que a garota fizesse um preço mais barato para o assassino. Encostou as costas na cadeira então, olhando para a palma vazia de sua mão -- É uma das poucas ligações que eu tenho com a minha familia.  -- Pareceu pensativo por alguns momentos. A ficha parecia ter caído novamente de que não tinha mais nenhuma forma de ligação com seus parentes. -- Uma moça bonita como você deve entender sobre relações familiares, não é? me diga, Shizuku, como eram seus pais? -- Ele mantinha um bom sorriso no rosto, completamente descompromissado

- Parecia levemente "chacoalhada" com as palavras de Kuroo, mas era óbvio que o objetivo do rapaz já havia sido superficialmente percebido pela garota, que não deixava se distrair em sua lábia novamente. - H-hmm... foram meus pais que me ensinaram a arte do exorcismo e da forja, então eles sempre foram bem rígidos para que eu me tornasse uma profissional tão boa como eles... - Deixava essas palavras escaparam, evitando manter contato visual com Kuroo. - Mas por que você está perguntando essas coisas? Nenhuma delas tem muito a ver com o trabalho, não é? - Sua pergunta afiada ia diretamente no objetivo do rapaz, que agora era extremamente prejudicado. Ter deixado a garota perceber aonde queria chegar com suas palavras havia sido um grande erro. - 300.000 deve ser suficiente para exorcisar e reforjar a espada.

Desde que me tornei Hunter percebi que as pessoas são muito distantes em questões gerais. Eu quero mais proximidade, sabe? -- Parecia não estar tentando seduzi-la, apenas sendo carismático. Querendo ou não Kuroo era esse tipo de pessoa, que aproximava as demais pelo Carisma de vez em quando. -- Você acha que todos somos robôs também? -- Virou o rosto na direção da janela por um momento, como se estivesse fragilizado por um momento. A feição levemente afeminada de Kuroo passava essa impressão. Respirou fundo e então disse -- 300.000? Sem problemas. -- Fechou os olhos e então prosseguiu, virando-se para ela lentamente -- Eu terei de fazer alguns trabalhos para conseguir o dinheiro, mas...pode ficar tranquila, eu te dou minha palavra. -- Ele então estendeu a mão para a garota. Tentava aproxima-la com sua carisma.

- A-ah, claro que não! - Dizia levemente envergonhada, mostrando que a tática de Kuroo parecia funcionar. - Eu não estou acostumada a ser aproximada pelas pessoas assim... desculpe se fui insensível. - Dizia em um tom fraco, evitando contato visual com o rapaz novamente. Finalmente parecia ceder, porém, quando estendia sua mão, retribuindo o gesto do garoto Zoldyck.

Tudo bem. Eu agradeço a simpatia. -- Ele respirou fundo e então quando a garota apertou sua mão, sorriu e disse -- Eu acho que não me apresentei ainda, e eu acho que é a forma que tenho de demonstrar meu comprometimento com você -- Mantinha contato visual com a garota. Como um nome podia mostrar o comprometimento? -- Eu me chamo Kuroo Zoldyck. Prazer. -- Aquilo explicava o por que a distância dele com as pessoas. Ele pareceu fragilizado por um momento ao falar aquilo, com a katana extendida para ela

Z-Z-Z-Z-Z-Z- - Sua voz falhava assim que emitia a primeira letra do nome. - ZOLDYCK?! - Praticamente gritava, chamando a atenção de todos os presentes na taverna. Tampava a própria boca assim que percebia os olhos de todos em sua direção. - Z-Zoldyck...?! - Dizia de maneira mais baixa, ainda falhando um pouco nas palavras. - Err... isso é uma piada, não é...? - Perguntava, totalmente cética. Suspirava. - De qualquer maneira, eu irei levar a katana comigo para Duelpolis. Você tem alguma informação de contato? - Perguntava, tentando esquecer a afirmação de Kuroo.

Seu olhar firme demonstrava que nao estava brincando. Abriu levemente sua jaqueta para que a mesma pudesse ver o que havia em seu ombro : por dentro estava presa o acessório de Zeno Zoldyck "uma morte por dia". Manteve a calma por momentos e mais momentos e disse -- apenas fale mais baixo sobre isso. -- ele então juntou suas mãos, entrelaçando os dedos e com um olhar firme e frio, como o de um assassino, olhou para trás. Era possível sentir o peso em sua aura, repelindo os olhares curiosos. Após dez segundos olhou novamente para a garota -- Duelpolis? Pretendia ir para lá. Não tenho mais o que fazer aqui

- Engolia seco ao perceber que o Zoldyck falava sério, era óbvio que qualquer deslize poderia deixá-lo em um estado irritado. Começava a se julgar pelo que havia falado anteriormente. - M-minha oficina fica por lá. Eu ainda devo levar dois ou três dias para terminar o trabalho, então dê uma passada por lá depois desse tempo para ver o resultado. - Entregava um cartão com o endereço do local em Duelpolis para Kuroo. - A-agora, se me desculpa, eu tenho um encontro com outro cliente. V-vejo você depois, Sr. Kuroo. - Falava com respeito, cumprimentando o rapaz antes de deixar o local com certa pressa.