Ryuuseigai Hunt Arc - 03

Tentaria entrar o mais rapido possível, ainda com tensão de estar sendo seguido. Ao entrar, limpou o suor de sua testa e arrumou seus cabelos o mais rapido possível com a mão esquerda, para ficar mais apresentavel, procurando a garota alí

- O interior da oficina era ligeiramente agradável, dando ao rapaz um ar de conforto que era bem vindo após aquela perseguição tão momentânea. O local não era iluminado por luzes artificiais, só sendo possível ver dentro mesmo pelos poucos raios solares que conseguiam atravessar as frestas nas paredes e tetos e pelas lamparinas de certa forma antiquadas ali presentes. Assim que entrava, só conseguia ouvir o som de um martelo sendo batido contra algo ecoando por todo local, esse fato chamando sua atenção mais que a garota em sua frente, que o cumprimentava.- Ah, Sr. Kuroo. Bem na hora. - Dizia com um tom simpático, praticamente agora tolerando a presença do rapaz. Em suas mãos, uma katana sendo reforjada, nenhum tipo de Aura provindo da mesma.

NPC's/Players presentes:

Shizuku. Foi dificil? -- Seu tom era firme e sério, e não brincalhão e jocoso como era costumeiramente. Se encostou em uma das paredes e começou a tatear seu corpo, procurando por algum furo de bala ou algo do tipo, claramente cansado pelo que havia feito

- Exorcizá-la foi provavelmente a parte mais complicada; eu mal posso imaginar a condição que alguém precisaria colocar para criar uma habilidade tão poderosa assim. Mas não é nada que eu não pudesse dar conta. - Dizia ajeitando seus óculos, com orgulho do próprio trabalho. "Condição"... era uma palavra não conhecida pelo rapaz ainda, naquele contexto. - Ela se tornou uma katana normal assim que eu removi todo o Nen que a envolvia, mas isso provavelmente não é um problema se você for do Reforço ou da Transmutação. - Mais duas palavras desconhecidas ao rapaz surgiam enquanto a garota continuava o processo de reforja, que já adentrava seus estágios finais.

Olhou para a mesma sem entender por um segundo, e disse, olhando para ela -- Shizuku, eu aprendi sobre o nen na prática. Eu não faço a mínima idéia do que sejam os tipos que você está falando. -- Ele então exibia um curto sorriso -- Como faço pra saber do que sou? 

- U-uh? Certo. - Parecia meio desconcertada com a afirmação do rapaz. - É difícil explicar, eu não me aprofundei direito nisso também. - Dizia, levemente confusa. - Mas seria sua categoria, algo do tipo? É isso que dita quais suas proficiências e talentos em relação a Nen. As pessoas geralmente descobrem as suas projetando sua Aura em uma taça com água com uma folha no topo, mas além disso é uma incógnita pra mim também. A torre tem muitos usuários experientes de Aura, você deveria perguntar para algum dos lutadores de lá. - Mantinha a mão no queixo, quase se distraindo da tarefa que se desenvolvia próximo a suas pernas. Após mais alguns momentos, a katana ficava pronta. Limpava o suor em sua testa com um leve sorriso, suspirando em alívio após um trabalho complicado. - Está pronta. Minha maior obra-prima... Depois de passar uma noite acordada tentando exorcizar essa porcaria...! - Parecia esquecer a presença do Zoldyck por um momento, ficando meio envergonhada assim que retornava para a realidade. - Quer dizer, *ahem*, está pronta, Sr. Kuroo! - Falava com certo entusiasmo. - Então, é praticamente uma nova espada agora. Que nome você vai dar a ela?

Hoh! Taça com Água!? vamos fazer o teste! Você tem uma taça e tem água por aí? -- Ele dizia olhando ao redor, parecia mais tranquilo do que quando entrou. Tossiu de leve ao ouvir o que a mesma dizia, e então franziu o cenho, dizendo -- Não, não posso perguntar para ninguém lá dentro. Um dos grandes está com os olhos em mim. -- Suspirou pesadamente, um pouco mais tenso. Ficou mais tranquilo quando a mesma falou sobre "porcaria". Deu um curto sorriso e disse -- Hoh, foi tão dificil assim? Me ajude a pensar num nome! -- Olhou para a lâmina -- Ela consegue conduzir nen? algo do tipo? -- Ele dizia, curioso

- Não adiantaria de nada. Eu não sei como funcionam as mudanças para cada categoria específica. - Dizia, negando-se a participar do ritual. - Q-quem sabe? Ela provavelmente conduz normalmente como qualquer objeto. Tudo depende da sua experiência em fazê-lo. - Fazia uma demonstração, focando sua própria Aura na lâmina que segurava com a mão direita. Era uma Aura leve e serena, livre de qualquer hostilidade.

Entendo. Realmente, não teria muita lógica. -- Disse, antes de limpar sua garganta e entregar para a mulher os 300.000 que lhe devia. Sua expressão era firme. Pegou a katana que foi estendida à ele e então a empunhou. O primeiro pensamento que se tem geralmente é o que se crava à lâmina. Fechou seus olhos antes de deixar seu nen correr pela mesma e pensou -- "O fim daqueles que me causaram mal. Uma a uma arrancar suas pernas. Custe o que custar" -- E deixou então que seu nen saísse para a lâmina, um pouco mais concentrado porém cheio de sua vontade destrutiva

- De maneira sutil porém efetiva... seu Nen se estendia para a lâmina de maneira amadora, característica daqueles que a pouco haviam aprendido a utilizar a técnica. Mesmo assim, a espada aceitava seu novo dono, como se possuísse uma vontade própria encravada no aço que a forjava de maneira bela e profissional.
Seu celular vibrava, quebrando o momento. A mensagem que chegava não possuía mais que algumas palavras que iam direto ao assunto. - "É o Allan. Eu estou indo até aí amanhã. Me encontre nos arredores da Torre. Tem algo interessante que você precisa ver." - E com isso, cessavam, sem nenhuma cerimônia, assinadas por aquele que havia ensinado Kuroo a como controlar parte de seu próprio poder.

Em algum lugar de Duelpolis...
- A sala era extensa e elegante, mas não era iluminada por muito além dos raios solares que adentravam o local por meio do grande complexo de janelas em uma das suas paredes. Sentado sobre uma poltrona que aparentava ser extremamente cara, um homem de curtos cabelos castanhos permanecia, sua expressão não sendo das melhores. - Não posso acreditar que você falhou, pequeno Dante. - Em sua frente, um rapaz de cabelos marrons permanecia com o olhar para baixo, nada saindo de sua boca além de um fraco pedido de desculpas que era quase inaudível. - Bem, não se preocupe com isso. Você sabe como é. Só se subestima um inimigo uma única vez. - Afirmava, com um sorriso que muito provavelmente só piorava as coisas. - Adam. É sua vez. - Se referia a um ser que até então se envolvia em trevas, revelando um rapaz de altura média e cabelos brancos assim que seus pés tocavam a luz.